CARATINGA – O fechamento (ou paralisação dos atendimentos) do hospital Nossa Senhora Auxiliadora está fazendo com que Caratinga tenha uma série de prejuízos. Óbvio que a prioridade é a saúde e a população espera uma solução rápida e eficiente para essa questão, mas o funcionamento do hospital fazia com que a cidade tivesse maior fluxo de pessoas e isso se refletia no comércio, principalmente naqueles estabelecimentos voltados para ramo de alimentação, como bares, lanchonetes e restaurantes.
Quem conhece o hospital Nossa Senhora Auxiliadora certamente já passou muitas vezes pela lanchonete que fica ao lado, que é de propriedade de Estela Dalva de Oliveira, 52 anos, e de sua família. Antes de pensar em seu comércio, Estela lamenta o fechamento do hospital, onde trabalhou por vinte anos como coordenadora de limpeza. “É muito triste ver o hospital fechado por tanto tempo, jamais pensei que isso aconteceria”.
E há 25 anos Estela é a propriedade da “Fantasia Lanchonete”, local em que tira o sustento de toda sua família. “Agora dá tempo até pra dormir aqui, não tem o que fazer. O movimento praticamente zerou e com isso todas as minhas contas estão sem pagar”, disse.
Em média a lanchonete costumava receber por dia 200 pessoas, entre pacientes, familiares e funcionários do hospital. O horário de funcionamento, que era de 8h às 21h, foi reduzido e às 18h a lanchonete já está fechada. Aos domingos o estabelecimento não tem mais suas portas abertas. “Meu rendimento caiu 100%, hoje passam por aqui no máximo vinte pessoas por dia que são de cidades vizinhas e vêm para fazer exames aqui nos arredores e esperam os ônibus aqui. Mas estou pedindo a Deus que o hospital reabra, a gente percebe o quanto o padre (Moacir Ramos) está lutando por isso e a população precisa do atendimento, é muito triste ver o nosso hospital fechado”, finalizou.