Giro de mercado teve resultado expressivo, se comparado a 2017. No ano passado foram comercializadas 58.772 toneladas de mercadorias
CARATINGA- A comercialização da Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa), unidade de Caratinga, registrou resultados expressivos na comercialização do ano de 2018. O balanço aponta que foram comercializadas 58.772 toneladas de mercadorias em 2018, o que representou um volume financeiro de R$ 105 milhões. Já em 2017, o registro foi de 54.748 toneladas e uma cifra de R$ 98 milhões.
Os números foram apresentados pelo gerente Alexandre Vagner Barbosa. Ele afirma que o resultado é considerado positivo, considerando que em 2018 os produtores rurais enfrentaram dificuldades com a Greve dos Caminhoneiros, deflagrada no mês de maio, além de ter sido um ano eleitoral. “Pelas nossas estatísticas, constatamos um crescimento no mercado, na comercialização aqui na Ceasa de Caratinga, mesmo tendo o período de greve, de mudança de governo, não afetou tão diretamente nosso mercado. Até mesmo porque a produção é muito regional, não depende muito de mercados externos para trazes os principais produtos; então o produtor ainda conseguiu produzir, trazer e comercializar. Os compradores, em sua maioria, são da região, que conseguiram chegar e comercializar”.
Para Alexandre, o mercado de Caratinga se manteve firme, crescendo na comercialização. “Em 2017 tivemos uma média de comercialização de 55 mil toneladas e em 2018 fechamos em quase 60 mil toneladas. Em valores, o que gira no mercado entre venda e compra, 2017 foram R$ 98 milhões comercializados e 2018 chegou a quase 106 milhões. Caratinga e região não vive somente do café. O café é muito forte, mas o que mantém também e ajuda muito o produtor rural a se fixar na propriedade e produzir mais é o hortifrúti. O cinturão verde de Caratinga abrangendo as cidades em volta, abastece em torno de 60 a 80 municípios, desde Governador Valadares, a Espírito Santo, Belo Horizonte e Juiz de Fora. Mesmo com esses problemas, ainda conseguimos abastecer, não desfalcar a população em termos de hortifrúti”.
JANEIRO/2019
A unidade de Caratinga também fechou o balanço do mês de janeiro de 2019: a comercialização foi de 5.356 toneladas e volume financeiro de 8,6 milhões. Se comparado com o mês de dezembro de 2018, quando foi registrada a comercialização de 5.500 toneladas e R$10 milhões, houve uma queda no mês passado.
Alexandre explica que fatores climáticos influenciam diretamente nos preços dos produtos e, consequentemente, no resultado final de comercialização. “Pelo período que passamos de estiagem, as chuvas estão retornando agora nesse momento, mas choveu só até final de dezembro e passou quase 40 dias de seca; o janeiro recuou um pouco a quantidade comercializada. O que ocorreu foi que o preço médio de alguns produtos praticados aqui, em dezembro, pelo período de chuvas, estava mais alto e em janeiro com esse período de sol muito forte, alguns produtos chegaram mais rápido na colheita e ocorreu a queda no preço médio. Recuou um pouco nos valores comercializados também”.
Ele explica que o carro chefe na Ceasa de Caratinga é o tomate, considerado o “termômetro na comercialização”. “Em dezembro de 2018 chegamos a ter pico de R$ 3 a R$ 4 o preço médio do quilo. E agora em janeiro já foi comercializado entre R$ 1,50 a R$ 2 de média. Então, teve a redução muito grande no preço, principalmente porque pela estiagem e sol muito forte, a produção chegou muito rápido, o produtor não conseguiu nem escoar a produção toda para a Ceasa porque madura muito rápido”.
Outros produtos também registraram variação de preço entre o final do ano passado e início de 2019. “O quiabo, que em novembro/dezembro estava na média de R$ 2,50 a R$ 3 o quilo, hoje já está sendo cotado a R$ 1,40. O limão estava na entressafra e foi cotado em média R$ 3,50 o quilo, o já está sendo vendido a R$ 1,25 a R$ 1,30. São produtos influenciados pela queda do valor comercializado aqui na Ceasa”.
Produtos com maior variação de preço
Produto | Dezembro/2018 | Janeiro/2019 |
Tomate | 3,00/kg | 1,50/kg |
Limão | 2,50 /kg | 1,25/kg
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Quiabo | 2,50/kg | 1,45/kg
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