Caso não faça a cirurgia, Lara Sophia, de cinco anos de idade ficará cega. Família faz campanha para arrecadar o dinheiro
UBAPORANGA – Lara Sophia tem cinco anos e mora na cidade de Ubaporanga. Como toda criança de sua idade, gosta de brincar e está na fase de alfabetização, mesma fase em que estão todos os seus colegas. A diferença é que para a garota, essa rotina não é nada fácil e pode se tornar ainda pior, com o risco de que ela fique cega.
A menina sofre de uma doença chamada “Catarata Congênita”, causa principal da cegueira na infância. A doença requerer diagnóstico precoce e tratamento cirúrgico imediato, para evitar danos irreversíveis. No caso de Lara, a doença só foi descoberta em março deste ano e a família corre contra o relógio para arrecadar R$ 22 mil para a cirurgia, que deve ser feita até o final deste ano.
O DIÁRIO DE CARATINGA esteve na casa de Maria Auxiliadora da Rocha Silva, mãe de Lara. A criança estava um pouco agitada e Maria explica: “Ela fica muito nervosa porque não consegue enxergar direito, ela é muito agitada, estou levando até ao neurologista”.
Segundo Maria Auxiliadora, Lara não fez o Teste do Olhinho, também conhecido como Teste do Reflexo Vermelho, quando ainda era bebê, o que poderia ter diagnosticado previamente a doença. Mais tarde, a garota deu indícios de dificuldades para enxergar. “Quando ela tinha um ano e meio levei em um médico em Vitória, pois já estava com um pouco de dificuldade. Ele examinou e disse que ela não tinha nada, que era preguiçosa, então eu deixei. De março deste ano para cá, ela começou a ter muita dificuldade na escola, não estava acompanhado e aprendendo. Levei em médicos de Inhapim e Caratinga, que disseram que ela tem que operar até o final do ano, senão ficará cega. O médico falou que se tivesse operado ela aos dois anos, dava para reverter tudo, devolvia a visão, agora não, só paralisa. O que perdeu, não devolve mais”.
No dia a dia, Lara já enfrenta alguns obstáculos, diante da perda gradativa da visão. Simples tarefas, já não podem mais ser facilmente realizadas. “Para ver televisão, só se ela ficar muito perto. Do sofá ela já não enxerga. Tarefa também tem que ser bem de perto. Até para andar ela já fica meio tropeçando, esbarrando nas coisas. Se tiver uma coisa clara no chão, ela também não vê. Só acha no tato. O olho direito ela já perdeu praticamente toda a visão. E a cada dia que passa, vai perdendo mais”.
Maria Auxiliadora afirma que já tentou recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas a cirurgia não seria feita imediatamente. Por isso, ela está em busca de arrecadar fundos para um procedimento particular, uma vez que não tem condições de arcar com os custos. “O mais viável é particular, o SUS diz que só vai cobrir daqui uns três ou quatro anos, o que já não adiantaria mais. Dei entrada nos documentos na Secretaria de Saúde daqui, encaminharam para o TFD (Tratamento Fora do Domicílio), mas não tem resposta. A cirurgia só pode ser feita em Belo Horizonte e como não temos condições, as pessoas aqui da rua estão me ajudando a divulgar, para ver se conseguimos esse dinheiro”.
A campanha começou há pouco tempo e ainda falta muito para conseguir o valor necessário. Quem desejar contribuir os dados da conta são: Caixa Econômica Federal. Conta: 59197-7. Agência: 1491-013. “Conseguimos R$ 1000 na conta dela até agora. Estou passando por um momento muito difícil, peço a quem possa que ajude a arrecadar esse dinheiro. Que Deus ilumine a todos. Muito obrigada”.