LEITURA DINÂMICA
Pensamentos condensados para variar a coluna:
– “Os momentos passam, as pessoas mudam em seus atos, mas as palavras ficam”. Bem alinhado ao provérbio português: – “Pimenta nos olhos do outro é refresco”. Sabedorias populares que batem de frente com a proposta da presidenta reeleita Dilma Rousseff de dialogar com a oposição em nome da unidade nacional; por isto, inapropriada, meras retóricas para quem conversou demais… “Quem conversa demais dá bom dia a cavalo”. Dilma conversou o que devia e o que não devia ao longo da campanha.
Este papo de diálogo, nada mais é do que “conversa pra boi dormir” para “empurrar com a barriga” o mais que puder o momento político difícil que irá enfrentar em 2015. Por isto, tenta baixar a poeira levantada de maneira consistente da oposição, no tocante aos escândalos financeiros na Petrobrás, Correios, Banco do Brasil, BNDS, superfaturamentos nas obras públicas e outros delitos vergonhosos, instrumentados nestes órgãos federais a favor da causa petista, onde, a mentira pela mentira – nunca é demais dizer – teve fortes marteladas na bigorna das inverdades, para fazer a cabeça dos menos esclarecidos beneficiados com a distribuição adoidada de bens materiais e benefícios financeiros como o dinheiro do povo.
Como tudo no dia a dia tem seu preço – nada é de graça- “aqui se faz aqui se paga.” Portanto: “Segura peão!.. “o pau vai comer”! “a cobra vai fumar!” Aguenta a tempestade que plantou com os “ventos uivantes” da desinformação, da falta de ética, mal dizendo o adversário para se reeleger de qualquer jeito.
ESPAÇO DO VINÍCIUS FELÍCIO
“A grande preocupação está no nome que a presidente vai indicar para o STF, na vaga aberta pelo ministro Joaquim Barbosa. O indicado estará livre para julgar o Petrolão ou lhe será exigido algum compromisso? Já passamos da hora de alterar o modo de seleção dos ministros do STF. A indicação, ainda hoje, é exclusiva da presidência da República, mas, embora o indicado possa ser “independente” para julgar, esse sistema torna-o suspeito de vinculação. Basta dizer que presidente do Tribunal Superior Eleitoral nestas eleições era Dias Toffoli, ex- advogado do José Dirceu e do PT. Os jornais dão notícia que o PMDB quer indicar o próximo ministro do STF. Pode? Vão colocar uma raposa para vigiar o galinheiro. Está na hora de combatermos estes e outros vícios de origem, que fazem quase tudo neste país depender de “favores políticos”. Independência para o Judiciário, para a Polícia Federal e para o Ministério Público já! Liberdade ainda que tardia…”
VERDADE E VERDADES
A Justiça Eleitoral proíbe e combate terminantemente a compra de votos pelos candidatos numa campanha eletiva. Difícil de ser eliminada, já que a luta do poder pelo poder, o poder financeiro tem falado mais alto. Neste e em muitos outros, o jeitinho brasileiro de ajeitar as coisas para causa própria, quer seja legal ou ilegal se fez sentir.
Foi assim que o ex-presidente Lula da Silva e seus seguidores mexeram nos pauzinhos legais para investirem na poupança em longo prazo com os votos de favor, criado através dos programas assistencialistas que, direta e indiretamente, por assim dizer, na compra de votos com pequenas ajudas mensais à custa do erário, criando uma poderosa legião de favorecidos eleitoralmente.
Convenhamos: uma jogada ardilosa, política e socialmente analisada à luz dos fatos; embora os fins não tenham qualificados os meios quando aplicados indevidamente.
SINAIS DOS TEMPOS
Sou do tempo em que a prática de sevar os eleitores com pequenos favores financeiros e fazer uso do poder de mando político era comum nas unidades políticas distrais do município. Com isto, quem quer que seja que “mijasse fora do pinico” era destituído do cargo de confiança sumariamente pela vontade dos coronéis.
Por exemplo, no tempo dos extintos partidos PSD e UDN era patente esta cronologia político-partidária. A ex-UDN nas lutas pelo poder municipal, tinha votos há mais, até que as urnas dos distritos controlados pelo PSD fossem abertas. Entre eles: Vargem Alegre, Imbé, Santo Antônio do Manhuaçu, Sapucaia, Entre Folhas, onde a maioria dos votos do PSD eram favas contadas; tal como aconteceu com o PSDB quando foram contabilizados os votos do nordeste e outras unidades da federação onde, o candidato dos mineiros, Aécio Neves, foi derrotado pelo corporativismo eleitoral.
Minas teve mais uma oportunidade de ter um mineiro na presidência da república; embora tenha uma mineira de origem como tal, mesmo por linhas adversas, mantendo o PT – Partido dos Trabalhadores – (…) no poder.
Joaquim Felício – Joafe – e-mail: [email protected]