Regional: Dragão x Limão
Não estou entre aqueles que sempre veem futebol como um jogo sem lógica. Principalmente nos dias atuais onde planejamento, investimento e organização estão cada vez mais presentes pelo menos dos discursos de cada clube. Mesmo quando se trata de futebol amador, quem se apresentar com o mínimo desses três predicados tem mais chances de êxito. Olhando para as quatro equipes que chegaram a semifinal do Campeonato Regional 2015, todos estavam em condições de decidir o título. Foram os melhores das fases anteriores e fizeram por merecer chegar. Santa Cruz, Amatonense, Caratinga e Limoeiro, demonstraram ao longo dos mais de três meses do certame pelo menos um pouquinho de cada um dos requisitos listados acima. Entretanto, Caratinga e Limoeiro demonstram um pouco mais que seus adversários e chegaram a final. Na minha humilde opinião, a decisão do certame 2015 entre Limão Doido e Dragão da Colina não é nada mais, nada menos que a lógica dando as caras na reta final. Porém, daqui pra frente, acho que chegará ao título quem souber aproveitar melhor as oportunidades e errar menos. Ambos são fortes na defesa, tem meio campo com muita qualidade e ataques poderosos. Sem falar que no banco os dois melhores técnicos do campeonato. Serão duelos interessantes.
Só Raposa em campo
Mais uma vez acredito que a diretoria cruzeirense deve ter ficado com aquele sentimento e ponto de interrogação: “se tivéssemos trazido Mano Menezes depois de Marcelo Oliveira”? Esta resposta esta sendo dada a cada vitória e jogo invicto do time celeste. A vitória sobre o Sport por demonstrou mais uma vez a evolução do time sob o comando de Mano. Jogadores até então dados como carta fora do baralho foram reintegrados e estão correspondendo. Independente de conseguir vaga na Libertadores, o Cruzeiro chegará em 2016 um passo a frente dos demais concorrentes. Pelo que tenho visto, contratações serão pontuais e de poucos nomes. Sem falar no aproveitamento de alguns que retornam de empréstimo.
A seleção de Dunga
Qualquer critica que faço ao técnico da seleção brasileira, faço ao trabalho e sua visão míope de futebol como comandante. Nos tempos de jogador, cumpriu muito bem seu papel de liderança, tecnicamente correto, e dono de uma carreira vitoriosa. Porém, toda análise feita atualmente precisa ser feita sobre seu trabalho como técnico. O primeiro tempo contra a Argentina foi horroroso. Na etapa complementar contamos como sempre com o talento individual de Douglas Costa e Lucas Lima. O empate caiu do céu.
Para esse confronto de hoje contra o Peru a história é diferente. Teremos por obrigação de propor o jogo, tomar iniciativa. Se Neymar tiver numa noite inspirada temos grande chance de vencer com facilidade. Mas, caso não esteja, sofreremos para vencer uma seleção com poucos talentos que não deve chegar entre os quatro.
Rogério Silva
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