Regional: Esquentou demais
Além da temperatura na casa dos 30 graus no domingo, dentro de campo o tempo esquentou ainda mais na primeira partida da decisão entre Santa Cruz e 1º de Maio. Pelas duas campanhas invictas até a final, e principalmente pela qualidade dos dois times envolvidos, confesso que esperava um jogo com mais futebol e menos confusão. As duas equipes são muito boas e podem jogar mais do que jogaram. O Santa Cruz tem jogadores com mais experiência no meio campo. O 1º de Maio tem muito talento do meio pra frente. Porém, infelizmente, em muitos momentos o futebol ficou em segundo plano. Ao perceberem que o árbitro do jogo não tinha pulso firme e se intimidava com palavrões, dedo na cara e peitadas, toda marcação era veementemente contestado pelos dois lados. Ele perdeu o controle do jogo muito cedo e não conseguiu recuperar depois. Sem falar que tecnicamente a única marcação convicta que fez foi a do pênalti. Exatamente a mais polêmica. Confesso que não me recordo de ter visto outras atuações do Webert Carlos Vaz. Não acho que ele foi predisposto a prejudicar A ou B em momento algum. Os erros aconteceram muito mais por falta de experiência em jogos desse tamanho. Ele não me parece ter estofo para apitar uma final de Campeonato Regional. Por outro lado, ficou claro também que nenhuma das duas equipes estavam dispostas a colaborar com a arbitragem. Era um festival de reclamações por qualquer coisa que chegava a ser irritante. O jogador tem o direito de errar gol na cara do goleiro, o zagueiro pode furar, o técnico errar na escalação e assim por diante. Entretanto, o árbitro não pode se equivocar numa marcação que todos partem pra cima dele. Que fique a lição para a comissão de arbitragem, “jogo grande, arbitragem grande” com todo respeito que os demais merecem, na minha humilde opinião, jogo para. Adão Carlos (Nego Dão) ou Agnaldo Garcia.
Mineiros: Semana decisiva
Ter que dividir as atenções entre Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil não é uma tarefa fácil. Porém, Atlético e Cruzeiro não tem alternativa. Depois da vitória sobre o Botafogo e a manutenção da vantagem na liderança do Brasileirão, a Raposa terá uma batalha contra o Santos na Vila Belmiro pela Copa do Brasil. A vantagem de 1 a 0 é maior que muita gente pensa. Afinal, caso faça um gol na próxima quarta-feira coloca a mão na vaga. É bom levar em conta o fato do time Celeste dificilmente passar um jogo em branco. Apesar da pressão que sofrerá, acredito na classificação cruzeirense.
O Atlético perdeu o jogo para o xará paranaense e de quebra a vaga no G4. Apesar de não ter feito uma grande partida, o resultado de empate seria o mais justo. Durante todo o segundo tempo o Galo foi melhor e merecia ter feito o gol. Entretanto, o Furacão se fechou bem e soube segurar o resultado. Por outro lado, isso não pode interferir no confronto de quarta contra o Flamengo. A desvantagem de dois gols não é fácil de reverter. Nem mesmo o retrospecto recente garante que o time conseguirá novamente. Afinal, o Flamengo joga bem diferente do Corinthians e não deve repetir os erros dos paulistas. Certamente o Atlético terá outra batalha idêntica aquela contra o Timão. Acredito que a torcida terá mais uma vez importância fundamental em uma possível virada alvinegra.
Arbitragem é igual em todo lugar
Não importa a divisão, a competição, tampouco os times envolvidos. Onde tem futebol, tem polêmica com a arbitragem. O problema é que na maioria das vezes o árbitro não conta com a colaboração dos demais envolvidos no jogo. Tanto um time quanto o outro pensam primeiramente em levar vantagem de alguma forma. Mesmo que pra isso seja preciso simular, ludibriar e reclamar muito a qualquer marcação.
Rogério Silva
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