Nosso Regional tem história
No próximo mês, encerro minha passagem pela Liga Caratinguense de Desportos como presidente. Três anos de muito trabalho e desafios. Quando assumi junto com toda equipe, muitos eram os objetivos e responsabilidades. Porém, nenhum desafio é maior que promover o campeonato de futebol amador mais importante, tradicional e charmoso do Leste e Zona da Mata mineira. Sem exagero algum, o Campeonato Regional é a régua usada para medir o sucesso de uma gestão. Por mais que tenhamos promovido competições de base, Copa Menino Maluquinho futsal e voleibol, Copa da Amizade de futsal, trazendo para a cidade milhares de pessoas de diversas cidades e até outros estados, ainda assim, por tradição os campeonatos Regionais sempre terão um peso enorme na hora de se avaliar o trabalho. Isto posto, deixo a presidência com a certeza da missão cumprida quando o assunto é o certame adulto. Mesmo enfrentando grandes dificuldades logo após o período de pandemia de COVID, tivemos competições feitas com carinho, transparência e principalmente respeito por todos os clubes que disputaram. Obviamente, sempre acho que poderia ter feito melhor. Mas, encerramos o ciclo de cabeça erguida, deixando a LCD pela porta da frente, não por acaso, fui procurado pela maioria dos clubes, e até atletas, me pedindo pra reconsiderar a decisão de não ser candidato a reeleição. Como tenho repetido desde o começo do ano passado, tenho outros projetos, profissionais e pessoais. Prefiro sair quando às pessoas pedem pra ficar, do que insistir em ficar, com às pessoas pedindo pra sair. Desejo boa sorte a quem assumir.
Gente que faz x Gente que fala
Caratinga como maior município da região, cidade-polo educacional e econômico, tem tudo para ser também uma cidade de destaque também no campo esportivo. Porém, historicamente, raramente tivemos políticos que valorizaram o esporte como deveria ser. Na maioria das vezes, Caratinga foi comandada por quem não está nem aí para esporte. Reflexo disso, cidade bem menores, com bem menos recursos, tem projetos e resultados bem melhores que Caratinga.
Outro ponto que há décadas tem emperrado o desenvolvimento do esporte na cidade, é a quantidade de pessoas que não fazem nada, a não ser criticar tudo e todos que tentam fazer, além de trabalhar contra. Sabotagem mesmo, usando dos recursos mais sórdidos para atrapalhar quem tá tentando fazer.
Racismo no futebol
Casos de racismo no futebol brasileiro aumentaram quase 40% em 2024, diz estudo
No ano passado, foram detectados 136 incidentes racistas, 39% a mais que os 98 registrados em 2023. 2025 começou com alguns casos como do zagueiro Léo do Athetico PR, e Rafinha atacante brasileiro do Barcelona. A medida que o extremismo cresce no mundo, cresce também o crime. Afinal, o racista, não vê nada de errado nos ataques, no Brasil mesmo, muitos dizem que “futebol tá chato” afinal, sempre recorrendo ao passado, dizem que “isso sempre fez parte do futebol, que antigamente ninguém se importava”. Curioso que esse tipo de argumento, na grande maioria das vezes, vem de quem xingava, nunca de quem ouvia né.
Rogério Silva
@rogeriosilva89fm