Vai ter Copa?
Em recente texto nesta mesma coluna, publiquei sobre reunião da Copa Distrital que iria ocorrer, posteriormente essa reunião foi adiada pela coordenação em decorrência das fortes e insistentes chuvas que inundaram grande parte da nossa região, e afetou a vida principalmente da zona rural. Os estragos ainda estão sendo contabilizados. Em função disso, existe por parte de algumas pessoas que talvez a promoção da tradicional Copa Distrital não seja viável, assim, a verba usada terá como destino ajudar as diversas famílias que foram prejudicadas pelas chuvas. Historicamente, a única vez que a competição não foi promovida aconteceu em 2012, no governo João Bosco Pessini. Ainda não é uma decisão oficial da administração. Porém, não tem como negar a justiça do motivo caso se confirme a não realização da Copa Distrital. Por outro lado, ficamos na expectativa sobre outras competições também promovidas pela prefeitura, também correm risco de não acontecer?
Mineiros: Cedo pra cobrar
O Atlético sem dúvida e apontado como o grande favorito a conquistar o campeonato estadual. Afinal, o Cruzeiro grande rival vive a pior crise de sua história. Porém, é importante a torcida atleticana entender que não tem um time pronto, tampouco um superelenco. Além disso, tem um técnico recém chegado que irá receber alguns reforços. Vaiar o time depois de empatar com o bom time do Coimbra foi precipitado.
O Cruzeiro sem dúvida terá um ano de recuperação. Com muitos jovens no grupo Adilson Batista tem feito o que pode para preparar um time para a série B que é o principal objetivo.
Meninos do Ninho: Um ano depois
Quase um ano depois de uma tragédia que ninguém pode esquecer, dia 08 de fevereiro está marcado na história do Flamengo e do futebol. A morte de 10 garotos que sonhavam em ser jogador de futebol no CT do clube deixa marcas profundas em todos. Em dezembro de 2019, o Flamengo foi condenado a pagar pensão mensal no valor de R$ 10 mil a cada uma das famílias dos dez jovens mortos no incêndio em Vargem Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. A decisão, em caráter liminar, atende a um pedido da Defensoria Pública e do Ministério Público do Estado do Rio, em processo em curso na 1ª Vara Cível da Barra da Tijuca. O clube já fechou acordo com quatro das 10 famílias que perderam seus filhos. Não sou especialista em precificar vidas. Não sei mesmo quanto custa uma vida. Principalmente vida de filho. Portanto, me considero incapaz de julgar se o valor é muito ou pouco, justo ou injusto. Só posso dizer que nem todo dinheiro do mundo vale a vida das minhas filhas. Porém, na minha humilde opinião, o Flamengo já deveria ter se empenhado um pouco mais para entrar em acordo com todas as famílias. Primeiro por ser uma questão de humanidade, pra que cada um possa tocar suas vida e viver seu luto, e a saudade dos filhos que será eterna. Segundo porque na minha humilde opinião, o clube tem conduzido de forma equivocada sua comunicação sobre o caso. Até mesmo a imprensa esportiva tem dificuldade em obter informações concretas sobre o andamento das negociações com cada família. Isso é péssimo para a imagem do clube que vive um ótimo momento financeiro, e não consegue resolver questão tão urgente. Por outro lado, essa tragédia também expõe toda a podridão da mente doentia de alguns fanáticos. Estes misturam rivalidade esportiva com questões muito mais importante que são vidas. Usar a morte dessas crianças como argumento para atacar o time rival é de uma canalhice monstruosa. Afinal, jogadores não tem culpa alguma do ocorrido. Assim como atacar torcedores com mesmo argumento, só demonstra que na verdade não existe uma preocupação com as famílias das vítimas. O objetivo é ter alguma vantagem num debate esportivo usando a dor alheia. Isso obviamente na cabeça daqueles que acham que no estádio e na rede social pode tudo. Duvido alguém encontrar cara a cara com um jogador e chama-lo de “assassino”.
Rogério Silva