Arbitragem: Garcia um dos melhores
Quando o assunto é arbitragem de futebol, na maioria das vezes ouvimos muito mais críticas negativas que positivas. É bem verdade que na maioria das vezes se critica com boa dose de razão. Quando o assunto é arbitragem regional, não é muito diferente. Afinal, a paixão que envolve o esporte não tem fronteiras. Porém, sempre tivemos uma tradição de bons árbitros independentemente da época. Sem dúvida, Aguinaldo Garcia é um desses nomes. Com postura disciplinadora, tecnicamente muito bom, Aguinaldo se diferencia pela dedicação ao estudo constante das regras. Não por acaso, é sempre requisitado para arbitrar não só em jogos na nossa região, como em diversas outras. Neste domingo (14), foi o responsável por comandar a arbitragem na final da AABB CUP. Muito bem auxiliado por Efigênio Pinto e Marcelo Silva Pinheiro que fizeram grande trabalho no jogo. Parabéns ao trio pelo trabalho e dedicação. Num momento onde arbitragem é sempre questionada, fico feliz em ter motivos para elogiar e ter esperança que podemos melhorar.
Nada Justifica Agressão
Se pela manhã tivemos motivos para elogiar arbitragem e dizer que ainda temos esperança que podemos evoluir, à tarde, num dos tradicionais jogos de “veteranos” tivemos um episódio lamentável envolvendo o conhecido Gilberto “Mononoca”, ex-jogador e árbitro atualmente. Em sua rede social, ele postou o seguinte desabafo: “Boa tarde a todos, venho aqui comunicar que hoje estava trabalhando apitando uma partida de futebol no estádio do Carmo, campo do Esplanada, onde aos 42 minutos da primeira etapa, ocorreu um fato lamentável, onde após uma falta marcada, dois jogadores, um da equipe do Esplanada e o outro da equipe do Opção Futebol Clube, que nem estavam no lance da falta, foram se agredindo um ao outro com tapas no rosto e empurrões, onde de repente começou uma briga generalizada, com invasão de campo das duas equipes com brigas entre outros atletas, e no momento em que fui aplicar a regra do jogo, onde deveria expulsar praticamente toda a equipe tanto faz do Esplanada como a do opção, pq não poderiam de maneira alguma adentrar ao campo deixando que as atitudes a serem tomadas por mim o árbitro da partida, porém fui agredido pelo jogador do Opção onde o mesmo após eu lhe dar o cartão vermelho, ele me empurrou e como as coisas começaram a complicar ,dei por encerrado o jogo e não tive condições de continuar o meu trabalho pois se continuasse iria acontecer mais confusão e poderia resultar até em crime, não tenho vergonha do que fiz vindo embora e nem ficando pra receber, acho que o dinheiro que pagam não vale a vida que tenho, infelizmente não tem como trabalhar em certos tipo de jogo sozinho sem uma equipe de segurança pro árbitro e todos os envolvidos, fica aqui a minha explicação, fui chamado de um monte de nome pelos atletas ,como sou tudo o que disseram não posso trabalhar desta maneira” .
Lamentavelmente sabemos que não foi a primeira, nem será infelizmente a última que fatos assim irão acontecer. Porém, observando comentário de algumas pessoas na postagem, pude perceber que ainda tem muita gente que trata futebol como um “mundo à parte”, como se o que acontece em campo, não está sujeito ás aplicações da lei fora dele. Alguns tentam justificar agressões com argumentos tipo: “Se tivesse dado o cartão pra fulano, expulsado cicrano” como se isso justificasse. Alguém comentou que “jogo grande” tem que ter trio de arbitragem. Aí pergunto: Que jogo grande? Estamos falando da mesma coisa? Até onde sei, se tratava de um amistoso entre veteranos, que de veteranos não tem absolutamente nada. O problema não está em ter trio ou não. O problema está primeiramente na falta de educação, na falta de respeito ao próximo, e principalmente na certeza de impunidade. Quem agride, sabe que não irá acontecer absolutamente nada. Não terá nenhuma consequência judicial, tampouco esportiva. No próximo sábado, estará agredindo outro. Entretanto, árbitros também tem sua parcela de responsabilidade por isso continuar acontecendo. Não porque deixou de dar cartão, marcou errado uma falta, ou impedimento; isso faz parte do jogo. Falo da falta de união muitas vezes da classe, em boicotar times que agem assim, e individualmente quem for agredido, levar o caso a esfera da justiça. Afinal, o futebol não é um universo paralelo. Quando os “valentões” começarem a passar vergonha de processo, e a doer no bolso, pensaram duas vezes antes de agredir.
Rogério Silva
@rogeriosilva89fm