Regional: Começou bem!
A expectativa de um Campeonato muito equilibrado começou a se confirmar logo na primeira rodada. O clássico entre Santa Cruz e Associação de Bom Jesus do Galho terminou zero a zero. Porém, não foi um jogo ruim. Muito pelo contrário. A partida foi bem movimentada com várias oportunidades para ambos. Na minha humilde opinião, o Santa Cruz esteve mais perto da vitória. Até saiu reclamando de um pênalti logo no começo do jogo. Entretanto, o empate também não foi injusto. A presença da torcida foi boa, embora tenha a certeza que tanto a torcida do Gorila, quanto do Lobo são bem mais numerosas do que os presentes no estádio Galdino Pires em Santa Rita de Minas. Pra começo de certame foi muito bom.
O América tem salvação?
Depois de mais de nove rodadas sem vencer, o América bateu o Santos por 1 a 0. Tão surpreendente quanto a vitória sobre o ex-líder, foi a evolução demonstrada pelo Coelho diante de uma equipe que mesmo desfalcada, é mais qualificado que o time de Enderson Moreira. Porém, a confiança do América já é bem maior depois dos últimos resultados sem perder. Por outro lado, com apenas 13 pontos em 19 jogos, matematicamente a situação americana continua sendo muito difícil. Caso o Coelho consiga o dobro de pontos no segundo turno do que fez no primeiro, conquistará 26 pontos, somados com seus 13 do primeiro turno, fará apenas 39. Portanto, insuficiente para se salvar. Só pra lembrar, o returno se apresenta sempre muito mais difícil que o primeiro. Que a torcida não é uma das maiores do Brasil todos sabemos. Mas, tenho certeza que é bem maior que os dois mil que costumam comparecer. Se o América sonha em se salvar da queda pra segundona, a torcida terá que fazer sua parte também.
Ninguém ganha sozinho
Por mais que uma equipe seja formada por grandes jogadores que exalam talento; futebol é jogo coletivo. Portanto, até mesmo o craque genial precisa de um bom time. Pelé não teria sido Pelé se não tivesse jogado ao lado de Coutinho, Mengálvio, Pepe, Gerson, Jairzinho e tantos outros extraordinários jogadores. Romário não teria sido o craque da Copa de 94 se não tivesse um time muito bem armado taticamente pra ele decidir. Dunga, Mazinho, Cafú, Branco, Zinho, deram a ele o suporte pra fazer os gols. Portanto, Neymar e Messi brilham muito mais em seus clubes que em suas seleções. A explicação é simples. Primeiro que o Barcelona como time de futebol é bem melhor que Brasil e Argentina. Os companheiros de clubes na maioria das vezes são melhores que na seleção. Segundo que a responsabilidade é dividida. Ninguém tem a obrigação de decidir nada sozinho. Quando nossa seleção conseguir entender que o coletivo é que vai fazer a diferença, voltaremos a conquistar títulos.
Rogério Silva
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