CARATINGA – O setor de Farmácia do Centro de Assistência à Saúde UNEC (CASU) fará parte do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), do Ministério da Saúde. A partir da parceria, o CASU, que é mantido pela Fundação Educacional de Caratinga (FUNEC), torna-se o primeiro hospital da região ligado ao PNCT, implantando ações gratuitas para auxiliar seus pacientes no combate ao fumo.
Segundo Railly Crisóstomo, farmacêutica do CASU que formatou o projeto, a aplicação prática será realizada em etapas. A primeira consiste na captação de pessoas interessadas em parar de fumar, indicadas pela equipe multiprofissional da instituição (médicos, enfermeiros, psicólogos, etc.). “Vamos oferecer reuniões semanais com palestras, orientação nutricional e apoio psicológico. Será um trabalho sigiloso para dar base a um tratamento passo a passo. Em contrapartida, vamos disponibilizar medicamentos e outros itens, se identificarmos que o paciente tem essa necessidade”, explica a farmacêutica. “O material de apoio será disponibilizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), mas o controle de aquisições de acordo com a demanda e a mensuração dos resultados ficará a cargo da Farmácia do CASU, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Caratinga”, completa.
Gisele Vitali, coordenadora do setor de Farmácia Hospitalar, explica que o programa vem sendo aplicado em diversos municípios brasileiros (aproximadamente 20 atendidos pela Gerência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, da qual Caratinga faz parte). No entanto, o diferencial do CASU como o único hospital credenciado é a estrutura que dará suporte ao programa, proporcionando maiores recursos para atender tanto os pacientes quanto a própria equipe. “Aqui nós temos o Centro de Reabilitação da FUNEC. Temos também uma visão da saúde do indivíduo como um todo, preocupada em prevenir, tratar e reabilitar as pessoas”, destaca.
De acordo com a coordenadora, a atuação da Farmácia do CASU no controle do tabagismo é uma forma de aproximar o profissional de farmácia da população. “As pessoas pensam que o serviço de farmácia hospitalar fica preso entre os muros do hospital. Queremos despertar para que os farmacêuticos não se limitem a isso. Para que eles possam fazer farmácia clínica, projetos, ter um contato mais direto com o paciente”, afirma Gisele Vitali.