Em Caratinga, apenas um caso foi confirmado para a doença, no mês de maio
CARATINGA- Até julho de 2018 foram registrados 14 casos suspeitos de Febre Maculosa no município. No entanto, segundo relatório elaborado pela Equipe Técnica da Vigilância Epidemiológica, apenas um caso foi confirmado para a doença, que ocorreu no mês de maio. No mês passado foram contabilizados cinco casos suspeitos, ambos deram resultado negativo.
Nos últimos cinco anos foram notificados 15 casos suspeitos de febre maculosa em Caratinga. Do total apenas um confirmado através de exame laboratorial realizado pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED) em Belo Horizonte o evoluiu para óbito. O caso foi registrado em dezembro de 2017 no distrito de Dom Modesto. Após o conhecimento do caso uma equipe do Departamento de Epidemiologia realizou investigação na localidade. Foram coletadas amostra de sangue dos familiares, pois os mesmos apresentaram os mesmos sintomas do paciente. Todos os exames deram negativos.
Apesar dos resultados, a Vigilância Epidemiológica deixa o alerta para algumas medidas de prevenção e controle:
As principais atividades preventivas na febre maculosa são aquelas voltadas às ações educativas, informando à população sobre características clínicas, unidades de saúde e serviços para atendimento, áreas de risco, ciclo do vetor e orientações técnicas, buscando-se evitar o contato com os potenciais vetores, como as listadas a seguir.
- Nos locais com casos de febre maculosa, recomenda-se o uso de vestimentas que evitem o contato com os carrapatos. Recomenda-se que as vestimentas (inclusive calçados e meias) sejam de cor clara, a fim de facilitar a visualização do vetor.
- Em áreas não urbanas, utilizar macacão de manga comprida, com elástico nos punhos e tornozelos, meias e botas de cano longo. A parte inferior do macacão deve ser inserida dentro das meias. Vedar as botas com fita adesiva de dupla face ou passar uma fita invertida na bota de tal forma que a parte aderente da fita fique virada para fora.
- Em área urbana, utilizar camisa de manga comprida com punhos fechados. Calça com a parte inferior inserida dentro das meias e vedada com fita adesiva. Calçados fechados e de cor clara.
- Repelentes podem ser aplicados à roupa e aos calçados.
- Vetores detectados nas roupas devem ser coletados com o auxílio de pinça ou utilizando-se fita adesiva.
- Não esmagar o carrapato com as unhas, pois ele pode liberar as bactérias e contaminar partes do corpo com lesões.
- Examinar o próprio corpo a cada 3 horas, a fim de verificar a presença de carrapatos e retirá-los, preferencialmente, com o auxílio de pinça. Quanto mais rápido forem retirados, menor a chance de infecção.
- Manter vidros e portas fechados em veículos de transporte na área de risco.
- Evitar entrar em áreas infestadas por carrapatos.
- Comunicar à Secretaria de Saúde sobre áreas infestadas em ambiente urbano.
- É desaconselhado utilizar produtos líquidos, pós, suspensões, sabonetes para controlar vetores em animais ou em vegetação e estruturas físicas sem a orientação profissional.