No entanto, situação de risco de surtos para doenças provocadas pelo Aedes permanece
CARATINGA- De acordo com o Departamento de Epidemiologia e Estatística, ao contrário do que está ocorrendo no Estado de Minas Gerais, que tem epidemias instaladas em dezenas de municípios, Caratinga registrou a redução nos números de casos notificados de arboviroses durante os meses de janeiro e fevereiro de 2019, quando comparado ao mesmo período de 2018. Além disso, não foi registrada ocorrência de formas graves das arboviroses no município até o momento.
Os dados mostram em janeiro deste ano o registro de nove casos notificados (oito de Dengue e um de Chikungunya) e em fevereiro, quatro notificações (três de Dengue e uma de Chikungunya). Já no ano de 2018 esses números foram consideravelmente maiores: 23 notificações em janeiro e 14 no mês de fevereiro.
Nos últimos meses foram inúmeras as ações implementadas pelo município, através da Seção de Controle de Endemias, buscando reduzir o índice de infestação predial, que se apresentou em 5,4% no 1º LIRAa realizado entre os dias 7 a 9 de janeiro/2019. “Entre as ações desenvolvidas podemos destacar a realização do tratamento focal, que consiste na inspeção de todos os imóveis existentes no perímetro urbano; pesquisa vetorial especial; pesquisa de pontos estratégicos com o objetivo de eliminar criadouros com alto potencial de proliferação do vetor; tratamento com ultra baixo volume, buscando interromper o ciclo de transmissão em áreas com ocorrências de casos notificados de arboviroses; busca ativa de casos prováveis de arboviroses nas Unidades de Saúde; e mutirões de limpeza em áreas com alto índice de infestação por Aedes aegypti, tendo como parâmetro os resultados apresentados no 1º LIRAa de 2019, entre outras ações”.
Mesmo o município tendo apresentado redução de casos prováveis de arboviroses nos meses de janeiro e fevereiro de 2019, quando comparado ao mesmo período de 2018, Caratinga apresenta situação de risco para possíveis ocorrências de surtos localizados e/ou epidemias, quando se analisa os resultados do 1º Levantamento de Índice Rápido, tendo apontado a presença do mosquito Aedes aegypti nos quatro estratos pesquisados.
O Departamento frisa que durante o período de alta transmissão das arboviroses é imprescindível a participação de maneira efetiva da população nos cuidados com suas residências, tendo em vista que quase 90% dos focos identificados no 1º LIRAa de 2019 apontaram a presença do mosquito dentro das residências e áreas adjacentes ao domicílio.