Estudantes do Ensino Fundamental precisam melhorar desempenho leitura e matemática
DA REDAÇÃO- Os resultados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) foram divulgados na quarta-feira (25/10) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC).
Os dados são referentes a 2016, quando foi realizada a terceira edição da avaliação, e mostram o desempenho nos quesitos Escrita, Leitura e Matemática, nas redes estaduais e municipais de ensino. Os testes são aplicados em estudantes matriculados no 3º ano do Ensino Fundamental.
De acordo com critérios do Inep, os resultados de rendimento dos alunos são divididos em quatro níveis para Leitura e Matemática e cinco níveis para Escrita. Os níveis 1 e 2 são de menor desempenho, considerados insuficientes, e os níveis 3 e 4, respectivamente, e 5 para escrita, os de melhor desempenho, considerados suficientes. Cada área avaliada mede competências específicas e diferentes entre si. Por essa razão, as Escalas de Proficiência de Leitura, Escrita e Matemática não possuem equivalência de níveis.
Segundo informações do MEC, a ANA avalia o começo do aprendizado da norma ortográfica e o domínio progressivo da escrita. Para isso, são aplicadas três questões abertas: escrita de duas palavras de estruturas silábicas distintas e uma pequena produção textual. Ao se aplicar itens de produção escrita, busca-se avaliar, principalmente, a estrutura do texto, a capacidade de gerar o conteúdo textual de acordo com o gênero solicitado e de organizar esse conteúdo, estruturando os períodos e utilizando adequadamente os recursos coesivos (progressão do tempo, marcação do espaço e relações de causalidade).
CARATINGA
Em leitura 39,93% dos alunos que realizaram as provas obtiveram nota maior que 525 a 625 pontos (nível 3). Já a segunda maior porcentagem foi de nível 2 (34,68%). No somatório dos índices suficientes que englobam níveis 3 e 4, Caratinga alcança 56,29 %. Já os níveis mais fracos (1 e 2) somam 43,71%. Os números mostram que ainda é necessário melhorar o desempenho nesta área do conhecimento.
Em escrita, 67,63% estão no nível 4, onde em relação à escrita de palavras, os estudantes provavelmente escrevem ortograficamente palavras com diferentes estruturas silábicas. Em relação à produção de textos, provavelmente atendem à proposta de dar continuidade a uma narrativa, “embora possam não contemplar todos os elementos da narrativa e/ou partes da história a ser contada”. Articulam as partes do texto com a utilização de conectivos, recursos de substituição lexical e outros articuladores, mas “ainda cometem desvios que comprometem parcialmente o sentido da narrativa, inclusive por não utilizar a pontuação ou utilizar os sinais de modo inadequado. Além disso, o texto pode apresentar alguns desvios ortográficos e de segmentação que não comprometem a compreensão”, cita o resultado.
A soma dos níveis 3 e 4, ambos considerados suficientes chega a 70,02%.
Já para matemática, 37,13% estão no nível 4. Outros 30,59% se encaixaram no nível 2. A soma dos dois índices considerados satisfatórios (3 e 4) foi de 57,28%.
MINAS GERAIS
Minas Gerais é o estado brasileiro que obteve o melhor índice em Leitura na ANA. O estado aparece com 62,35% dos estudantes acima dos 8 anos, faixa etária de 90% dos avaliados, nos níveis 3 e 4, referentes à escala adequada e desejável, sendo o estado com maior percentual de estudantes no nível desejável (23,29%).
Em Matemática, os estudantes mineiros também são destaque: 62,17% aparecem no nível suficiente (somatório dos níveis 3 e 4), pouco abaixo dos estudantes de Santa Catarina, que aparecem com 62,18%. Em Escrita, o Estado está em primeiro lugar no nível 5 (adequado), com 16,1%; e está em quarto lugar no nível suficiente, com 79,25% dos estudantes, perto de São Paulo (82,9%), Santa Catarina (84,84%) e Paraná (85,63%).