CARATINGA – A Secretaria do Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou ontem o Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, atualizado em 1° de novembro de 2016.
Em relação à febre pelo Zika Vírus, foram registrados, até o momento, 15.169 casos prováveis (casos confirmados + suspeitos) em Minas Gerais. A partir do Boletim Epidemiológico divulgado no dia 24 de agosto de 2016, a SES-MG passou a adotar a definição de caso provável de Zika vírus (casos confirmados + suspeitos). Nesta classificação estão incluídos todos os casos notificados de Zika vírus, exceto os casos já descartados no sistema de informação.
Os casos que envolvem febre pelo Zika em recém-nascidos com microcefalia, mães de recém-nascidos com microcefalia e gestantes tiveram a confirmação de 1.001 gestantes com doença aguda pelo Zika Vírus, da semana epidemiológica nº 45/2015 à semana epidemiológica nº 43/2016 (29/10). Destes, cinco casos foram confirmados em Caratinga e outros três em Pingo D’Água.
Entretanto, ainda não há confirmação de malformação de fetos nesses casos. Segundo especialistas, o resultado positivo para Zika Vírus não configura a existência de microcefalia. Todas as gestantes devem ser monitoradas até o final da gestação.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, os sintomas, que ocorrem cerca de três a 12 dias após a picada do mosquito, são, em geral, leves e podem durar entre dois e sete dias. São eles: febre baixa, exantema (manchas vermelhas na pele e/ou urticária), muitas vezes acompanhadas por conjuntivite não purulenta, dores de cabeça e dores musculares ou nas articulações. Na gestação o curso clínico da doença não é diferente do encontrado no adulto.
O teste hoje utilizado para identificar o Zika Vírus é a pesquisa do RNA viral (PCR), nas amostras de sangue periférico coletado durante os primeiros cinco dias após o início do quadro clínico ou em amostra de urina coletada, preferencialmente, nos primeiros oito dias dos sintomas. O melhor momento para a identificação do vírus no sangue é nos primeiros três dias dos sintomas, enquanto que o exame em na urina pode ser realizado até 21 dias após o início dos sintomas. Não há, no momento, exames laboratoriais para identificar com precisão a presença do vírus em pessoas que não apresentem sintomas da doença ou que os apresentaram há mais tempo.