alestrante fala sobre as particularidades de Caratinga
CARATINGA – O Núcleo de Documentação e Estudos Históricos (NUDOC), mantido pelo Centro Universitário de Caratinga (UNEC) ofereceu para os graduandos dos Cursos de Geografia, História e Letras uma palestra com o professor Doutor Oswaldo Bueno Amorim sobre o tema ‘Cidades Médias’.
Cidade Média é um termo geralmente usado em urbanismo para designar cidades que abriguem de 100 a 300 mil habitantes. Muitas cidades acima de 100 mil habitantes já abrigam empresas e serviços de alto padrão e sofisticação. Nelas estão presentes universidades, centros de pesquisas, laboratórios, clínicas especializadas, além dos meios de comunicação de massa e revenda de produtos importados. Geralmente, esta categoria de cidade tem influência sobre o seu estado ou uma determinada região.
Graduandos dos Cursos de Geografia, História e Letras
Natural de Formiga, Minas Gerais, professor Oswaldo, formado em Geografia e pioneiro no assunto, disse sentir orgulho e satisfação em poder falar para alunos que estão se formando sobre um tema tão importante para o desenvolvimento do país. “É um prazer muito grande estar no UNEC ministrando uma palestra tanto informativa quanto explicativa para os graduandos. Cidades Médias, no momento, faz parte de pesquisas internacionais e atinge seu apogeu, despertando interesse dos mais renomados estudiosos da área”.
Acadêmico do Curso de História, Fernando Alves diz que a palestra o fez voltar no tempo. “Segundo o professor, durante os últimos anos as cidades médias têm apresentado maior crescimento do que as outras cidades do Brasil, e pensar que Caratinga era tão pequena e hoje é considerada uma cidade média nos faz ter noção do quanto o mundo se desenvolveu e ainda se desenvolve”. Fernando, completa, “a convicção, certeza e clareza que ele tem ao compartilhar com a gente sobre o tema nos transmite segurança e até mesmo desperta nosso interesse em nos aprofundar mais no assunto”.
Professor doutor Oswaldo Bueno Amorim
No Brasil, as cidades médias, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), formavam até 2010, um grupo de municípios que crescia muito além da média nacional. O índice médio de crescimento econômico medido pelo PIB (Produto Interno Bruto) dessas cidades foi de 153% entre os anos de 2004 e 2010, contra um crescimento de 94% do PIB nacional no mesmo período. A oferta de emprego formal também conheceu um salto de 70% nas cidades médias.
O grande desafio dessas cidades, atualmente, é conter ou controlar a velocidade de seus processos de urbanização. Isso porque os seus respectivos espaços urbanos são, em geral, heranças de um passado recente, em que os aspectos gerais e estrutura interna correspondem aos de cidades de menor porte.
“A importância das cidades médias reside no fato de que elas possuem uma dinâmica econômica e
Fernando Alves, acadêmico do Curso de História do UNEC
demográfica própria, permitindo atender às expectativas de empreendedores e cidadãos, manifestadas na qualidade de equipamentos urbanos e na prestação de serviços públicos, evitando as deseconomias das grandes cidades e metrópoles. Dessa forma, as cidades médias se revelam como locais privilegiados pela oferta de serviços qualificados e bem-estar que oferecem”, finaliza o palestrante da noite.
