CARATINGA- Entre janeiro e dezembro do ano passado Caratinga registrou 5.908 admissões e 6.052 desligamentos no mercado de trabalho. Saldo negativo de 144 empregos formais. Os dados contabilizados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) refletem o desemprego. Com a crise econômica, muitas pessoas já estão desempregadas há algum tempo e enfrentam dificuldades na busca por vagas de trabalhos.
Com a dificuldade por abertura de postos de trabalho, sempre que uma grande empresa abre vagas de emprego, é comum vermos filas enormes de pessoas querendo entregar seus currículos. Na manhã de ontem, quem passava nas proximidades da balança de pesagem da BR-116, saída para Santa Rita de Minas, observou o grande número de pessoas que aguardava na porta de uma fábrica. Várias vagas de trabalho
estão disponíveis, dentre elas, auxiliar de produção e serviços gerais.
Rodrigo Silva, morador do Bairro Aparecida, em Caratinga está desempregado há três meses. Casado e pai de duas crianças (seis e quatro anos de idade); apesar da experiência como pedreiro, ofício exercido em seu último emprego, ele não tem preferência por vaga específica. “Estou correndo atrás. Não estou em condições de escolher. Qualquer área estou pegando; o negócio é trabalhar. A crise está complicada, até bico está difícil, não aparece. De lá para cá estou entregando currículos e continuo na esperança”.
Vanilda Lúcia Andrade, moradora de Santa Rita de Minas é faxineira, mas, está em busca de estabilidade com um emprego fixo. “Estou buscando uma vaga na área de serviços gerais. A gente tem mais segurança quando se tem um emprego de carteira assinada, INSS. Sei bem como está a crise, pois o meu filho está desempregado. Minha expectativa é pegar essa vaga, se Deus quiser”.
Tatiana de Souza, que mora em Piedade de Caratinga, está desempregada há dois meses. Ela se somou às estatísticas dos maus momentos enfrentados no comércio, que resultaram no desemprego. A empresa em que trabalhava como vendedora precisou fechar as portas. “Não tentei mais a área do comércio, porque está muito parado, sem vendas, não tem nem como fazer investimento. Agora estou em busca de uma vaga e espero que dê tudo certo”.