CARATINGA – No final da tarde da última quarta-feira (3), o 6° Pelotão de Bombeiro Militar de Caratinga foi acionado para combater a um incêndio em vegetação, na Área de Proteção Ambiental (APA) da Pedra Itaúna. De acordo com sargento Maiquel, os bombeiros foram informados do incêndio, por um professor e biólogo, que é responsável pelo reflorestamento da área da Pedra. O morador do Morro do Escorpião avistou as chamas de sua residência e acionou imediatamente o Pelotão. Ele também se prontificando a acompanhar a guarnição, permanecendo em um local seguro.
Três militares atuaram no combate às chamas, utilizando abafadores, uma vez que o local era de difícil acesso e não permitia a entrada de viaturas. “Deparamos-nos com um incêndio de grandes proporções. As chamas estavam variando em torno de três a cinco metros de altura, devido ao tamanho da vegetação no local. Graças a Deus, após um intenso trabalho de mais de duas horas e meia, conseguimos debelar totalmente as chamas. Foi um trabalho feito com bastante dedicação”, afirma.
Segundo informações colhidas pelos bombeiros com moradores próximos, o fogo teria vindo da região do Bairro Esplanada. Na avaliação dos combatentes, tudo indica tratar-se de um incêndio de origem criminosa.
O trabalho foi intenso e exigiu todo o preparo e experiência dos bombeiros, pois um fator dificultava o combate às chamas. Tratava-se de uma propriedade particular, em área de pasto e que não tinha aceiros, o que facilitou a propagação do fogo de um terreno para outro. No local, há muitas outras propriedades na mesma situação, por isso, o bombeiro faz um alerta. “Pedimos aos proprietários rurais do entorno da Pedra Itaúna, que providenciem a limpeza das suas divisas, utilizando o método aceiro, para auxiliar não só o Corpo de Bombeiros, mas a própria cidade. Com os aceiros, os bombeiros têm uma facilidade, pode chegar ao local e combater as chamas. Quando o local está sujo, até o acesso é dificultado pelo tamanho da vegetação”.
Considerando o período seco, além de que o mês de agosto é considerado o período crítico de queimadas, o número de pedidos de assistência direcionado aos bombeiros nestas situações tem se intensificado. Sargento Maiquel explica que qualquer pessoa que precisar do corpo de bombeiros será atendida em tempo oportuno, porém, há uma particularidade no combate a incêndio em mata em período noturno. “Quando nós conhecemos o local, a situação é outra. Mas, devemos considerar os riscos de homens trafegando onde a vegetação está alta, existe uma incidência de animais peçonhentos, muito grande. Temos também muitos buracos, que podem fazer com que o militar ou qualquer outra pessoa que venha a passar possa se acidentar; além de barrancos, precipícios, enfim, são as características da nossa região, que é montanhosa. Então, consequentemente, é muito arriscado”.
O bombeiro acrescenta que há algumas situações em que a vida do militar é prioridade, por isso, é preciso a sensatez da população. “Gostaríamos que a população entendesse que nós não podemos colocar vidas em risco para salvar um pasto ou ir até uma mata que não é de preservação e apagar um fogo, porque a fumaça está incomodando o cidadão. É lógico que se tiver uma incidência de fumaça muito grande na casa, nós até orientamos ao morador a sair, porque não é bom ficar respirando esse tipo de fumaça. E se o fogo estiver ameaçando uma residência, uma criação de animais, ou uma mata de preservação ambiental, mas tem uma facilidade de acesso com veículos, o corpo de bombeiros com certeza vai fazer esse tipo de combate”.