De enfermeira a paciente: conheça a história de superação da profissional da saúde que venceu a covid-19
CARATINGA – Os profissionais que estão atuando na linha de frente de combate a pandemia, se colocam em risco todos os dias para salvar vidas. Mesmo com todos os equipamentos de proteção e seguindo todos os protocolos, a presença do Sars-Cov-2, mais conhecido como novo coronavírus, coloca todos em risco de contaminação, pois o vírus possui alta transmissibilidade. A enfermeira e coordenadora da Ala Covid-19 do Casu – Hospital Irmã Denise, Paula Cristina da Silva Botelho, foi contaminada e conta como é a sensação de vencer a doença.
A caratinguense de 41 anos, viveu os dois lados da doença: o de enfermeira e o de paciente. Ela foi admitida na unidade no dia 13 de agosto com diagnóstico positivo para a covid-19 e com quadro de pneumonia viral provocado pelo vírus, com queixa de dor torácica e lombar, tosse, desconforto respiratório e queda na saturação. Necessitou de oxigenioterapia suplementar. Apresentando melhora clínica satisfatória recebeu alta hospitalar na última segunda-feira, 24, curada da doença.
Parte do corpo clínico do hospital, profissionais que estiveram ao lado de Paula durante o tratamento e amigos de profissão preparam uma surpresa durante sua saída. A alta causou grande comoção entre os membros da equipe que comemoraram a cura da colega de trabalho. Paula Botelho, se sente vitoriosa pela cura. “O sentimento é de vitória, pois é uma doença grave, desconhecida, que se comporta de maneira diferente em cada organismo. Eu tive um quadro moderado a grave, mas graças a Deus eu consegui vencer. Eu quero agradecer a direção e a todos do Casu, do qual eu sou muito grata em fazer parte, e a todos os amigos, minha família, a todos que fizeram orações pela minha vida, pois só assim foi possível vencer”.
De acordo com a coordenadora, foi difícil enfrentar o vírus porque ela perdeu um familiar, recentemente, com o diagnóstico positivo para a doença. E mesmo conhecendo todos os procedimentos e a evolução da doença ela firmou que teve medo. “Essa é uma experiência muito diferente, porque a gente passa de profissional, onde a gente tem o contato com os pacientes e tem todos os cuidados, luta junto com eles para vencera a doença, mas quando a gente passa a ser paciente muda tudo. Vem a angústia, o medo, mas a equipe sempre presente foi me dando forças para conseguir vencer essa doença”, finaliza Paula.