(Noé Neto)
Abre-se hoje, oficialmente, a temporada de compras para o natal. Embora muitos ainda não tenham percebido, a famosa sexta-feira negra nada mais é que a abertura oficial do melhor período que o comércio vivencia.
Pesquisas apontam que o termo Black Friday, surgiu comercialmente nos Estados Unidos relacionado a crises financeiras e depois passou a ser adotado para designar o dia que sucede a “ação de graças”, classificando-o como um dia de grande movimentação no comércio. O que importa é que o evento realmente deu certo e vem conquistando a cada ano mais adeptos, não só nos Estados Unidos, mas em diversos países, inclusive aqui no Brasil.
A partir desta data espera-se que o comércio aqueça, gere novos empregos e a economia cresça. Afinal, o natal mexe com o emocional das pessoas e comprar, presentear e ser presenteado são atitudes que para a maioria das pessoas transmitem felicidade.
Apesar de tudo isso, em tempos de crise financeira, como a que vive nosso país, vale a pena observar alguns cuidados básicos que os especialistas sempre nos alertam:
1º) O produto que estou levando para a casa está realmente em promoção ou é apenas adornado por uma placa de promoção?
Há muitas críticas em relação à Black Friday brasileira, muitos a chamam de “black fraude”, afirmando não existirem promoções reais. Não sou especialista, mas sou um consumidor que pesquiso e verifico os preços e confesso que vejo sim muitas promoções, mas também observo muita coisa com preço real sendo chamada de promoção. Cabe então ao consumidor a missão de avaliar e se garantir na boa e velha pesquisa de preços.
2º) O produto que estou comprando é útil e necessário?
Quantas vezes ouvimos relatos de pessoas que, na empolgação da promoção, pelo simples fato de algo estar barato, comprou e nunca usou? Avaliar a necessidade de algo é evitar desperdícios e permitir um alívio nos gastos de final de ano que muitas vezes só serão contabilizados em janeiro, quando chegam as assustadoras faturas dos cartões.
3º) Seria possível substituir uma grande marca pelo produto da minha região sem perder qualidade?
Um amigo, certo dia, fez três perguntas que me levaram a refletir sobre isso, são elas: “Que marca de café você usa?” “Compra frutas e verduras na feira da cidade?” “Já comprou artesanato na Feiraso”?
Somos uma região produtora de café e muitas vezes compramos café com a mesma qualidade ou até inferior ao que produzimos, mas proveniente de outras regiões. Temos excelentes produtos e preços na Feira dos Produtores de nossa região e nem sempre os valorizamos. Há uma feira de artesanatos no centro da cidade ao longo de todo o ano, e nesse período existem aquelas produzidas por instituições sérias como o Lions e a Cantina Áurea, que todos os anos expõem seus produtos para venda, mesmo assim muitas vezes buscamos os mesmos produtos em outros lugares que desconhecemos a procedência.
Está aberta oficialmente a temporada de caça ao consumidor e certamente em ano de crise a presa não está tão fácil como em tempos anteriores, mas ainda não se encontra em extinção. Então, que nós consumidores tenhamos as virtudes de pesquisar e escolher com sabedoria os produtos e que os comerciantes sejam cada vez mais cativantes e verdadeiros, prestando assim um atendimento de qualidade aos seus clientes. E ao chegar janeiro que nenhum “red balance”, proveniente das tentadoras promoções, tirem o brilho do ano que iniciará.
Prof. Msc Noé Comemorável.
Escola “Prof. Jairo Grossi”
Centro Universitário de Caratinga – UNEC
Escola Estadual Princesa Isabel
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