CARATINGA- A Banda Chama vai comemorar 25 anos de história com uma Live Show que será realizada nesta quarta-feira (20) no Casarão das Artes. A transmissão será realizada pelo canal da banda no YouTube. O vocalista Juceli Neves e o produtor do show Nathan Vieira relatam um pouco da história e o que está sendo preparado para o púbico.
A HISTÓRIA
Em abril de 1997, após servir na evangelização por quatro anos com o Grupo Luminares (banda que animava o grupo de oração Nova Jerusalém, na matriz Nossa Senhora da Conceição em Caratinga), liderados por Juceli Neves (guitarrista, cantor, compositor), Luciano Rust (bateria), Ronaldo Ronie (teclados), Paulo Henrique Cunha (baixo), Rosania Peixoto e Rosangela de Fátima (vocais), teve início o projeto Banda Chama de Amor.
Conforme Juceli, trata-se de uma história de muita luta e coragem. “Tem uma palavra que o padre Boreli falava de muita insistência, porque tivemos de tudo para poder parar. A Banda Chama, em princípio, era Grupo Luminares, um Ministério que tocava num grupo de oração, o primeiro da cidade e a primeira banda da diocese. Em 95 quando mostrei algumas umas canções que eu tinha, começamos com a ideia de gravar o disco de que teria a princípio o nome de “Um grande amor”, mas, depois a história foi mudando até que chegou ao nome de “Coração em Chamas””.
De lá para cá, a discografia da banda conta com “Coração em Chamas” (1998), “Herdarás” (2002), “Recomeçar” (2006), “Fim da Estrada” (2013) e “Nas pegadas de Vicente” (2015). “A nossa história está disposta nesses cinco discos, cinco trabalhos, Rodamos vários estados do País, várias cidades, muitos lugares e é a história que queremos contar nessa Live Show, no dia 20 de abril, que é justamente o dia do aniversário da banda. Nem quisemos fazer num final de semana, preferimos fazer no mesmo dia, porque é uma data tão especial e marcante que deve ser celebrada no mesmo dia. Convidamos algumas pessoas que estarão aqui conosco, um público pequeno, mas, que vai representar aqueles que talvez já estão longe daqui. Muitas pessoas estarão acompanhando dos Estados Unidos, França, Inglaterra; aqui no Brasil, Mato Grosso e São Paulo, todo lado, fora nossas Minas Gerais. Um momento marcante, que sonhamos muito e estou bastante ansioso com isso”.
Juceli ainda fala sobre a tônica para que uma banda cristã mantenha a “chama” acesa por 25 anos. “A primeira música que foi escrita depois da transição de Luminares para Banda Chama tem o nome de “A Chama”. Ela fala que enquanto houver essa chama, nada fará calar nossa voz. Sabemos que Deus já fez muita coisa em nós, na nossa vida, está fazendo, percebemos isso porque ainda nos permite comemorar esses 25 anos. Acredito que a história está só começando ainda. Estamos mais maduros, mais autênticos, definimos nossa cara, nosso jeito de transmitir essa mensagem que Deus quer. Esperamos que Deus ainda nos conceda, sei lá, mais 25 anos ainda pela frente, acho que está bom (risos)”.
MUDANÇAS
O trabalho da Banda Chama passou por algumas mudanças ao longo do tempo, transitando por alguns estilos, como detalha “Acho que todo trabalho é assim, até que se defina o que é se fica “atirando para todo lado”. Então, quando começamos em 97, tinha muito a Banda Dominus, que era um estilo mais de axé. Aquilo nós percebíamos que mexia muito com a juventude, que era o nosso foco. Nosso chamado era ir até aquelas pessoas que não estavam dentro da igreja, quem está dentro da igreja é muito fácil, já está ali, querendo e buscando. Quando o Papa João Paulo II pediu novas formas de evangelização, acreditamos que aquilo era ir para as praças, as cidades e anunciar. No começo “atiramos” para todos os lados, era muito Rock, Pop e Axé. Essa história seguiu basicamente até o disco 3, que é o ‘Recomeçar’ de 2006”.
Outra questão é que durante um período a banda decidiu que iria contar com uma vocalista. Porém, o vocal acabou retornando para Juceli. “A partir do Fim da Estrada de 2013 definimos o que queria ser, uma banda Pop Cristã com uma mulher à frente. Até tentamos (risos), no Fim da Estrada em 2013, tentamos novamente nesse CD temático vicentino “Nas Pegadas de Vicente” de 2015, mas, a partir daí, quando começamos a trabalhar o novo projeto, vinha uma pessoa e saí, vinha outra e saía. Isso se repetiu ao longo da nossa história, só no começo basicamente que a Rosinha e a Rosaninha tiveram mais ali presentes, nos ensinaram muita coisa, depois veio a Gisele, a Paula e a Adriele. Foi uma história de várias mulheres que passaram, contribuíram, nos ajudaram a chegar até aqui, um tijolinho na nossa história, mas, eu já estava com disco prontinho para mulher cantar e acabou que desisti dele, está lá parado e eu escrevi mais 12 músicas para eu mesmo cantar. Acho que a história vai seguir comigo mesmo à frente”.
DISCO COMEMORATIVO
Para celebrar o “Jubileu de Prata”, a banda está gravando o álbum V (ou projeto V), revisitando músicas do primeiro álbum “Coração em Chamas”, que teve a participação do Diácono Nelsinho Corrêa, de 1998, passando pelos outros três trabalhos de estúdio (Herdarás, Recomeçar e Fim da Estrada) e, também, presenteando o público com canções chamadas lados “B” (aquelas músicas que foram preparadas para gravar e, no estúdio, foram retiradas dos discos), além de músicas inéditas.
“Ele é chamado de V, é o disco 5. Não contamos esse CD vicentino como um quinto disco da Banda Chama porque ele é temático. A ideia é lançar agora um single, se chama “Minhas Escolhas”. O disco não tem nome ainda, mas, será com 12 músicas. Esse V tem todo um significado, V é o 5 em romanos, V de versões, porque certamente muito desse disco é das músicas que estarão nessa Live Show. É uma releitura de canções que marcaram época. Tem participação do Eros Biondini aqui também nesse disco, em “Quando Deus”. Celso Lee produziu praticamente essa primeira fase, esses três primeiros discos. Uma história bonita que queremos deixar marcada também no disco”, cita Juceli.
REPERTÓRIO DA LIVE
A respeito da construção do repertório da live, ele afirma que foi algo difícil diante do grande número de músicas da banda. “A música pra mim é como um filho, difícil você falar assim, amo mais esse do que o outro. Temos registrada aqui cerca de 60 músicas, mas, as canções da Banda Chama já passam de 300. Tem coisas que foram gravadas por outros artistas, por exemplo, a Kênia gravou duas canções nossas que estouraram. Procurei extrair alguns temas de cada época e contar essas canções numa nova versão. E ainda vamos brindar nosso público com canções inéditas também. Tem coisa que não foi gravada ainda, lado B, música que foi lá no estúdio e não gravamos”.
Nathan Vieira afirma que a produção está preparando um show especial para marcar os 25 anos da banda. “Me deu essa árdua missão, que é uma história grande para contar em um tempo pequeno. Para fazer isso num formato acústico, pensamos em fazer toda uma ambientação aqui no Casarão das Artes para poder contar essa história. Teremos chamas de verdade, com velas, um show com uma luz mais baixa. Estaremos ao vivo pelo youtube.com/bandachamacaratinga”.
O produtor deixa o convite para que o público acompanhe a transmissão prevista para iniciar às 20h do dia 20 de abril. “Já fica o convite para todo mundo participar. Falando como fã, assisto a Banda Chama desde sempre, temos uma amizade muito legal. É um trabalho realmente sério, voltado para evangelização, a banda Chama foi apoio do padre Fábio de Melo muito tempo na região de Minas Gerais, para se ver a competência musical da turma; Celina Borges, Adriana, diácono Nelsinho Corrêa, todos que estão nas grandes emissoras católicas vez ou outra cruzou o caminho com a Banda Chama. Fiquei realizado por poder produzir e dirigir esse espetáculo. Acredito que vai ser muito legal para a história da diocese também, por esse pioneirismo da banda”.