Exportação foi movida pelo café, tendo como principal parceiro a Argentina
DA REDAÇÃO– Informações do Indicador do Comércio Exterior (Icomex), relativo ao mês de junho, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre FGV), apontam que a soja em grão respondeu por 16% do total exportado pelo Brasil para o mundo nos primeiros seis meses do ano e, se somarmos o minério de ferro e o petróleo, o percentual chega a 33%.
A variação mensal e semestral dos volumes exportados e importados por categoria de uso mostram que nas exportações todas as categorias registraram queda, a exceção de bens de capital. Nesse último grupo, estão incluídos produtos com tonelagem elevada como as plataformas de petróleo (em valor de mais de 6.000% na comparação semestral), aviões (aumento de 43% em junho), turbinas para aviões (3.300% em junho), entre outros.
Já no que diz respeito às importações, todos os volumes aumentaram tanto no comparativo mensal, como no semestral, com destaque para o crescimento de 31,3% dos bens de capital no primeiro semestre do ano. “Uma parte é explicada pela importação de plataforma de petróleo, em especial no mês de fevereiro, mas nos outros meses reflete investimentos em máquinas e equipamentos”.
A avaliação dos economistas é de que esse resultado contrasta com as importações de bens intermediários, que recuam e se associam ao nível de atividade. A desvalorização cambial leva a substituição por insumos domésticos, mas parece não ter afetado, até o momento, segundo os economistas, os planos de longo prazo associados a investimentos de bens de capital.
Os economistas avaliam ainda que “as compras de bens duráveis (automóveis, principalmente) podem também estar refletindo o efeito defasado do câmbio e o receio de uma possível desvalorização acentuada por turbulências na esfera política”.
CARATINGA
Em Caratinga, a balança comercial (diferença entre exportações e importações do País), atingiu superávit de US$ 1,3 milhão de janeiro a junho de 2018.
As exportações somaram US$ 1,39 milhão, o que representa a posição 139° no ranking de exportações do estado e 1.166º na classificação do Brasil. Foi registrada uma variação positiva de 21,93% se comparado ao mesmo período de 2017.
O produto exportado foi o “café mesmo torrado ou descafeínado; cascas e películas de café; sucedâneos do café, contendo café em qualquer proporção”. Os principais parceiros do município para a exportação foram Argentina (65%), Turquia (9%), Croácia (8%), Chipre (6,5%), Itália (5,1%) e Rússia (3,5%).
Já as importações foram de apenas US$ 0,09 milhão, uma variação negativa de 10% em comparação ao ano passado, se posicionando em 159º e 1.288º no ranking do estado e Brasil, respectivamente. Os principais produtos importados foram máquinas e aparelhos, materiais elétricos, principalmente ferramentas pneumáticas, hidráulicas ou de motor (elétrico ou não elétrico). A segunda maior categoria na importação foram metais comuns e suas obras, seguida por materiais têxteis e suas obras; instrumentos e aparelhos de óptica/fotografia; plásticos, borrachas e suas obras; e mercadorias e produtos diversos.
Na importação, os países parceiros de Caratinga foram China (88%) e Estados Unidos (12%).
Exportações feitas Caratinga nos seis primeiros meses de 2018