Cidadão é enfático: é preciso melhorar tudo
No Bairro Vale do Sol os pedidos se resumem a saúde e infraestrutura. “A saúde é em primeiro lugar, infelizmente por aqui ano tem sido, às vezes não tem médico, mas quando colocamos um pedido lá, fica esperando e não sai nada. Faço tratamento com psiquiatra, sumiram todas as minhas receitas, tive que pagar particular sem poder. Vai falar com eles, dizem que não tem jeito”, lamenta Acenir Maria Israel, moradora da Rua Geraldo de Assis Barreto. Ela ainda complementa as dificuldades enfrentadas pelos moradores. “A rua é cheia de buraco. A obra da creche está parada há quase um ano e a área tá servindo para guardar malandragem”.
E quem reside no final da Rua Maria Raimunda Soares Pimenta enfrenta diariamente um caminho difícil. Francisco Lazarino
arrisca a dizer que no local, onde ele mora há dois anos é preciso “melhorar tudo”. “Falta tudo, pelo menos calçamento que ajudaria muito, o esgoto, dois postes para o pessoal de cima que está sem energia, tem um vizinho que está em Vargem Alegre porque a casa está fechada, não colocam luz para ele. Tem quatro casas com moradores com luz emprestada”.
Para Francisco, são muitas as necessidades da comunidade e é preciso um olhar mais atento do executivo. “É um local muito bom para morar, sossegado, só falta mesmo a administração olhar por nós. Não temos coleta de lixo, já fui à prefeitura três vezes e naquele jogo empurra desanimei, pelo menos a carroça poderia passar aqui. Eu não preciso de transporte público, mas têm muitas pessoas amigas da gente que para locomover é difícil e o ônibus não vira aqui. O posto de saúde é bom, mas o atendimento não é com boa vontade, pessoas com as caras fechadas, estão ali só para pegar salário deles”.
Joaniz Emílio Estevão mora há oito anos no local e sua casa está situada no trecho mais complicado da via. Ele afirma que no período chuvoso fica praticamente impossível sair de casa. “Quando vim pra cá só tinha mato, não tinha estrada nem nada eu que abri na máquina e fiz isso tudo. Os anos passaram e continuamos precisando do asfalto, o prefeito que veio nós pedimos para trazer o asfalto até aqui em cima 90 metros. Disse que ia ver na Prefeitura, mas não trouxe nada. Fica difícil demais, se chover nem carro sobe aqui, eu joguei concreto num pedaço aqui, porque preciso da minha garagem. E precisa murar para abrir a rua, porque caminhão não sobe aqui quando chove muito, essa rua vai só ‘desbarrancando’ do jeito que está”.