Operação do GAECO acontece nesta manhã em Caratinga
CARATINGA – Logo pela manhã desta quarta-feira (1/6), a movimentação de policiais civis e militares nos arredores do prédio onde mora o ex-prefeito João Bosco Pessine (PT) chamou atenção das pessoas que passavam pela Praça Cesário Alvim. Em seguida, João Bosco deixou o prédio e foi levado para Delegacia de Polícia Civil. Os policiais também recolheram documentos e computadores.
Os policiais estiveram em outros imóveis e também conduziram Leonardo Machado Figueiredo, que trabalhou no setor de licitações no governo João Bosco Pessine, o advogado Fernando Maia, além de Angelita Carla Nacif Lelis.
Esta ação faz parte de uma operação feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) que está investigando possíveis fraudes em licitações. À frente da operação estão os promotores de justiça Bruno Schiavo e Francisco Ângelo, o delegado Gilmaro Alves e capitão André.
Às 14h de hoje os responsáveis pela operação irão conceder entrevista coletiva.
REPERCUSSÃO
A condução do ex-prefeito João Bosco e das outras três pessoas fez com que vários nomes do Partido dos Trabalhadores fossem até a Delegacia de Polícia Civil em busca de informações. O vereador Enoque Batista, que foi secretário de Administração do governo João Bosco, disse que sua pasta não teve ligação com qualquer tipo de contratação de serviços e isso ficou a cargo da Secretaria Municipal de Fazenda. “Acredito que foram conduzidos para prestar esclarecimentos a respeito de uma compensação feita junto ao INSS. Isso está acontecendo em outras cidades, pois a empresa que ganhou estava credenciada, então tinha a capacitação. Inclusive essa empresa prestou serviços em gestões anteriores. Com a Lei de Responsabilidade Fiscal acredito que veio culminar nessa questão de hoje”.
Enoque ressaltou que a operação irá revelar qual o papel dessa empresa. “Pelo que estou entendendo, essa firma trabalhou em várias cidades, agora vão ver se isso foi algo ilegal. Então os responsáveis, principalmente, dessa empresa deverão ser presos, pois quem levou vantagem nessa compensação foi essa empresa. Não acredito que nenhuma das pessoas que foi conduzida tenha envolvimento nessa questão de desvio de verba, até mesmo porque o dinheiro era repassado diretamente para o INSS”.
PRESÍDIO
Após serem ouvidos pelos promotores, João Bosco, Leonardo e Fernando foram transferidos para o Presídio de Caratinga.