INHAPIM – A Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Inhapim realizou no último sábado (2), o 1º Seminário de Conscientização sobre o Autismo com o tema “Conhecer para Incluir”, evento destinado aos profissionais que lidam com o público autista.
O “Centro Dia”, que fica no terceiro piso da instituição, recebeu centenas de pessoas, principalmente educadores, monitores escolares, pais de alunos autistas, profissionais de saúde dentre outros, para conhecerem um pouco mais sobre o transtorno do espectro do autismo, que na atualidade, atinge um a cada 44 nascimentos. “A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Inhapim atende a 43 pessoas diagnosticadas com o autismo, sendo 37 meninos e seis meninas em diferentes faixas etárias. Nossa instituição tem capacidade para ofertar atendimento educacional especializado e acompanhamento terapêutico na área de saúde. A Apae de Inhapim oferece ainda capacitações e orientações ao seu corpo docente e monitores dos alunos que estão incluídos na rede municipal de educação”, informou Mylena de Lima e Santos, coordenadora técnica da instituição.
Em sua palestra, o médico psiquiatra Fabrício Rodrigues Batista abordou todo o histórico do autismo, e tratamento que a medicina dispõe atualmente para o transtorno. “Primeiramente gostaria de agradecer a Deus pela oportunidade de poder compartilhar com cada pessoa aqui presente um pouco de conhecimento acadêmico adquirido, agradecer também o presidente da Apae de Inhapim Wandelei Fernandes da Silva (Fernando Serralheiro) à coordenadora da instituição, Maria Geralda da Silva pelo convite. O transtorno do espectro autista (TEA) se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva. O TEA começa na infância e tende a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, as condições são aparentes durante os primeiros cinco anos de vida. Indivíduos com transtorno do espectro autista frequentemente apresentam outras condições concomitantes, incluindo epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O nível de funcionamento intelectual em indivíduos com TEA é extremamente variável, estendendo-se de comprometimento profundo até níveis superiores” informou o médico.
Em sua palestra, a psicopedagoga Graça Stein trouxe uma proposta de intervenção educacional que favorece o processo de inclusão da pessoa com autismo. “Os transtornos do espectro autista começam na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. Embora algumas pessoas com transtorno do espectro autista possam viver de forma independente, outras têm graves incapacidades e necessitam de cuidados e apoio ao longo da vida. As intervenções psicossociais baseadas em evidências, como o tratamento comportamental e os programas de treinamento de habilidades para os pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e comportamento social, com impacto positivo no bem-estar e qualidade de vida das pessoas com TEA e seus cuidadores. As intervenções para as pessoas com transtorno do espectro autista precisam ser acompanhadas por ações mais amplas, tornando ambientes físicos, sociais e atitudinais mais acessíveis, inclusivos e de apoio. Em todo o mundo, as pessoas com transtorno do espectro autista são frequentemente sujeitas à estigmatização, discriminação e violações de direitos humanos. Globalmente, o acesso aos serviços e apoio para essas pessoas é inadequado”, explicou Graça Stein.
A coordenadora técnica da Apae de Inhapim Mylena de Lima e Santos e a psicóloga Divina Maria Ferreira apresentaram os trabalhos desenvolvidos pela instituição voltados para o atendimento da pessoa autista.
O evento contou com a participação do vice-prefeito Sandro Adriano (Sandro da Saúde) que na oportunidade representou o prefeito Márcio Elias de Lima e Santos (Marcinho), da secretária municipal de Assistência Social, Maria Izabel Peixoto Silva e do psicólogo e vereador pelo PT de Inhapim, Marsonnilo de Souza Ferreira.
- Vice-prefeito Sandro Adriano e sua esposa Maria Isabel acompanham as palestras sobre o transtorno do espectro autista na Apae de Inhapim
- Público acompanha palestra do psiquiatra Fabrício
- Palestrante psicopedagoga Graça Stein, Maria Geralda, diretora da Apae, Mylena Lima coordenadora técnica, Wanderlei Fernandes da Silvia presidente da Apae, e o Dr. Fabrício Rodrigues Batista, médico psiquiatra
- Psiquiatra Fabrício Rodrigues Batista faz palestra sobre os transtornos do espectro autista na Apae de Inhapim
- Psicopedagoga Graça Stein promove palestra na Apae de Inhapim sobre o autismo
- Servidores da APAE de Inhapim com o palestrante Fabrício Rodrigues Batista