Alimentação saudável para idosos: conheça as seis recomendações do Ministério da Saúde

*Patrícia Nayara Estevam é nutricionista (CRN9:22025), pós-graduada em Docência do ensino superior; Nutrição clínica, metabolismo, prática e terapia nutricional; Nutrição em saúde pública; e Nutrição esportiva e funcional. Atualmente é mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciência da Nutrição (PPGCN) da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1513733884000380

Por Patrícia Nayara Estevam*

Olá, leitor!

Para envelhecer, basta estar vivo! Apesar de grande parte das pessoas ter medo de envelhecer, o envelhecimento deve ser compreendido como um processo natural que traz consigo algumas alterações sofridas pelo organismo, consideradas normais para esta fase do ciclo da vida. Envelhecemos desde o momento em que nascemos e é preciso saber lidar com essa fase de uma maneira sutil, para que possamos aproveitar ao máximo o que há de melhor nela.

Nesse contexto entra em cena o conceito de envelhecimento populacional, um fenômeno que tem ocorrido no mundo inteiro. De forma bem simples, o envelhecimento populacional é um aumento do número de pessoas idosas em comparação ao número de pessoas jovens.

Curiosamente, nos países desenvolvidos são considerados idosos aqueles indivíduos com 65 anos ou mais e nos países em desenvolvimento (entre eles o Brasil), aqueles com 60 anos ou mais. Você sabe por que que existe essa diferença entre os diversos países do mundo? O que explica essa diferença é a qualidade e estilo de vida existente em cada país. Essa idade em anos (idade cronológica), nem sempre corresponde às condições do nosso corpo com o passar dos anos (idade biológica).

Segundo dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2017-2018), o padrão de consumo alimentar da pessoa idosa brasileira é caracterizado em sua maioria pelo consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, principalmente feijão e arroz, seguido de carnes e leite. Porém, nota-se também o consumo insuficiente de frutas, legumes e verduras diariamente. Alimentos ultraprocessados contribuem com cerca de 15% das calorias consumidas, com destaque para bolachas salgadas e pães industrializados, seguidos de doces e guloseimas em geral.

É muito comum entre as pessoas idosas a troca de refeições principais, como o jantar, por lanches. Isso significa que no lugar de um prato de arroz com feijão, carne e legumes, o idoso, muitas vezes, prefere jantar um pão e café com leite, por exemplo. Essa ação pode trazer como consequências a perda de peso e a deficiência de algumas vitaminas e minerais, por isso os profissionais da saúde precisam estar atentos.

Com a finalidade de auxiliar na mudança desse quadro, em 2021 o Ministério da Saúde elaborou seis recomendações básicas no que se refere a alimentação para a população idosa, que os profissionais da saúde (em especial os nutricionistas) devem repassar aos indivíduos idosos durante o atendimento. São elas:

Consuma feijão diariamente;

Evite o consumo de bebidas adoçadas;

Evite o consumo de alimentos ultraprocessados;

Consuma diariamente legumes e verduras;

Consuma frutas todos os dias;

Sempre que possível, coma em ambientes apropriados e com atenção.

Essas recomendações não devem ser repassadas como imposições para o indivíduo, mas sim como orientações assertivas que vão trazer melhor qualidade de vida se forem praticadas. Por fim, entender a necessidade do idoso e saber identificar a melhor abordagem a ser aplicada em distintas situações, envolve empatia, sabedoria e o reconhecimento do fato de que estamos lidando com nosso próprio futuro.

Bibliografia consultada:

– BRASIL. Fascículo 2: protocolos de uso do guia alimentar para a população brasileira na orientação alimentar da população idosa. Brasília: Ministério da Saúde, 2021.

– BRASIL. Pesquisa de orçamentos familiares 2017-2018: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil / IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. Rio de Janeiro: IBGE, 2020.

 

*Patrícia Nayara Estevam é nutricionista (CRN9:22025), pós-graduada em Docência do ensino superior; Nutrição clínica, metabolismo, prática e terapia nutricional; Nutrição em saúde pública; e Nutrição esportiva e funcional. Atualmente é mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciência da Nutrição (PPGCN) da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1513733884000380

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