Fique atento aos rótulos dos alimentos para não sofrer reações alérgicas
CARATINGA – Estima-se que entre 6 e 8% das crianças com menos de três anos de idade e 2 a 3% dos adultos possuam algum tipo de alergia alimentar, segundo informações da ASBAI – Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Elas são causadas por uma resposta imunológica do organismo a um determinado alimento. Ovos, soja, castanhas, frutos do mar, amendoim, trigo, leite e derivados são alguns dos itens que mais provocam reações alérgicas no organismo humano.
De acordo com Raquel Xavier Ligeiro, professora do curso de Nutrição do UNEC, as alergias alimentares são predisposições genéticas que desenvolvem alguma resposta a um determinado alérgeno (substância que provoca uma reação alérgica em certos indivíduos). “O indivíduo que já tem o diagnóstico de alergia alimentar deve ficar atento à rotulagem e à restrição alimentar, orientado por um profissional da Nutrição pra que ele consiga fazer a restrição necessária, evitando as reações adversas”, explica.
Mesmo identificados, a maioria dos rótulos oferece uma leitura pequena, e por isso, a professora do curso de Nutrição do UNEC Andreza de Paula Santos Epifânio, alerta para “a necessidade de prestar atenção nas informações”.
Em 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamentou a indicação da presença de ingredientes causadores de alergias nos rótulos dos alimentos. Há também um projeto de lei em trâmite no Senado que prevê uma mudança dessas informações nas embalagens, para que fiquem mais claras ao consumidor.
Inchaço da garganta, coceira, diarreia ou constipação são algumas das reações alérgicas após o contato ou ingestão do alimento. Elas podem ser imediatas ou acontecer horas e até dias depois. O nutricionista é o profissional que pode auxiliar na identificação da alergia e no controle, adequando os hábitos alimentares do paciente.
O curso de Nutrição do UNEC promoveu mais um NUTRI-NEWS com o tema “Alergias Alimentares: novos conceitos e intervenções nutricionais”, com o objetivo de capacitar os estudantes, atualizando-os para o mercado de trabalho.
“O nosso papel como profissional é promover qualidade de vida da população, tanto por meio da prevenção de doenças crônicas não-transmissíveis, quanto pela reeducação dos hábitos alimentares. No caso das alergias alimentares, devemos indicar uma alimentação específica para este tipo de público”, comentou Brunela Demoner Laignier, coordenadora do curso de Nutrição do UNEC.
ALERGIA X INTOLERÂNCIA ALIMENTAR
A alergia alimentar é baseada em mecanismos imunológicos. Já a intolerância é caracterizada por uma reação não-imunológica, podendo ser desencadeada por uma má absorção de determinados nutrientes, principalmente alguns carboidratos que são absorvidos e não são digeridos pelo organismo.