Advogado é condenado por tentar matar a esposa e a sogra após medida protetiva

Mulher foi atingida no pé de raspão (Foto: Arquivo DIÁRIO)

CARATINGA- Um plano de vingança arquitetado há mais de uma década quase terminou em tragédia e só agora chegou ao fim no banco dos réus. Na última terça-feira (29/4), um advogado foi condenado a 18 anos de prisão por tentar matar a própria esposa e a sogra, em um crime ocorrido em 2014, em Caratinga.

O crime aconteceu no dia 20 de agosto daquele ano, por volta das 18h30, na porta do estabelecimento comercial da vítima, localizado na Avenida Olegário Maciel. De acordo com as investigações, um dos acusados foi até o local a pé e efetuou disparos de arma de fogo. A esposa do advogado foi atingida de raspão — o projétil se alojou em seu calçado, enquanto uma outra mulher, confundida com a sogra do mandante, foi baleada na perna esquerda.

A motivação para o crime teria sido a concessão de uma medida protetiva em favor da esposa do advogado, em virtude de recorrentes episódios de violência doméstica, incluindo ameaças e agressões. Inconformado com a decisão judicial, o advogado decidiu eliminar a esposa e a sogra, oferecendo R$ 4.000, um revólver calibre 38 e transporte para fuga ao executor do crime.

O plano foi articulado com a participação de outras pessoas. O advogado solicitou a um colega de profissão que entregasse um pacote contendo uma arma de fogo a um intermediário. Esse intermediário, por sua vez, repassou o armamento ao homem encarregado da execução. No entanto, sem o conhecimento do mandante, o executor original repassou a missão a uma terceira pessoa.

Na época, o caso teve grande repercussão em Caratinga e foi destaque na edição impressa do jornal Diário de Caratinga, cuja cobertura chegou a ser utilizada como parte do processo judicial.

O JÚRI

A sessão foi presidida pelo juiz Cleiton Luis Chiodi. O Ministério Público esteve representado pelo promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro. O júri ainda contou com a participação dos assistentes de acusação Max Capella Araújo e Cleunicce Batista Sampaio Capella e da defesa, por meio dos advogados Homero Junger e Nilo Dias de Moura.

Após horas de julgamento, o advogado foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado por duas tentativas de homicídio qualificadas.

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