CARATINGA – Na tarde de ontem, o advogado André Gustavo Costa Magalhães Pinto, que está defendendo Jeferson Souza Ferreira, 23 anos, acusado de matar Nick Douglas Moreira Marques, 19; concedeu entrevista ao DIÁRIO DE CARATINGA e afirmou que o crime, ocorrido na última sexta-feira (16), não foi passional. Segundo André Gustavo, trata-se de um ‘crime privilegiado’, “tendo em vista que Jeferson não tinha nenhum sentimento de paixão ou ciúmes pela menor companheira da vítima de Nick”.
Conforme alegação da defesa, meses atrás a namorada de Nick terminou o relacionamento com ele vindo a se envolver com Jeferson por aproximadamente quatro meses. Este relacionamento foi dividido em duas etapas. “Nos dois primeiros meses, eles namoraram, portanto o Jeferson dormia várias vezes na casa da menor e planejaram, segundo testemunhas, e o próprio Jeferson, um filho e concidentemente nesta época ela engravidou”, contou o advogado.
De acordo com o advogado, existiam fortes indícios que o filho poderia ser de Jeferson. Mas o relacionamento não deu certo, romperam com dois meses e continuaram tendo contato por alguns dias, “porque ela estando grávida, Jeferson prestava cuidados, acompanhamento médico e pagamento de consultas”.
“Assim que terminou o relacionamento com Jeferson, a jovem voltou a conviver e morar com Nick e disse que estava grávida dele, sendo que a probabilidade maior era de Jeferson ser pai”, disse o advogado.
Ainda de acordo com André, “Nick na dúvida, era movido por ciúme violento contra Jeferson, forte candidato a ser o pai. Nick sempre ameaçava Jeferson de morte e falava que quando a criança nascesse, se não fosse dele, mataria o rival, a menor e a criança”, contou o advogado.
“As ameaças eram constantes, Jeferson sempre foi trabalhador, querido por todos, acreditamos que foi homicídio privilegiado porque Jeferson infelizmente praticou tal conduta impelido de violenta emoção, logo após várias injustas provocações, ameaças de morte, que poderiam se concretizar a qualquer momento porque a criança estava para nascer, Jeferson tinha medo que as ameaças do Nick se concretizassem”, sustenta o advogado.
O advogado disse que tem testemunhas contundentes que se apresentarão no momento oportuno e provarão toda alegação da defesa. “Jeferson estava preocupado com a vida dele e de uma criança que está para nascer e que ele acredita ser seu filho. Se a menor não confirmar, poderá ser provado por exame de DNA”, finaliza o advogado André Gustavo Costa Magalhães Pinto.