Pitote deve ser julgado no dia 19 de junho
DA REDAÇÃO – Está agendado para o próximo dia 19 de junho, a sessão do Júri Popular onde sentará no banco dos réus Alessandro Neves Augusto, o ‘Pitote’, acusado de matar o repórter Rodrigo Neto de Faria, na madrugada de 8 de março de 2013. A informação foi confirmada nessa segunda-feira, 23, pelo juiz de Direito que preside o caso na 2ª Vara Criminal da Comarca de Ipatinga, Antônio Augusto Calaes de Oliveira.
O magistrado informou que o Conselho de Sentença se reunirá a partir das 9h em 19 de junho, no salão do Tribunal do Júri do Fórum Valéria Vieira Alves, em Ipatinga. Semelhantemente à sessão que condenou o ex-investigador de Polícia Civil, Lúcio Lírio Leal, no ano passado, o julgamento de Pitote deverá transcorrer sob forte esquema de segurança e controle das pessoas que entrarão no salão do Júri, previamente credenciadas, antecipou Calaes.
Para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o Ministério Público, Pitote puxou o gatilho contra Rodrigo Neto, em frente a um estabelecimento comercial no bairro Canaã, e contra o fotógrafo Walgney Carvalho, em 14 de abril, em Coronel Fabriciano, em uma “queima de arquivo”. Pitote está recolhido atualmente na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A pronúncia de Alessandro Neves para que ele fosse submetido a Júri Popular ocorreu em janeiro deste ano. No processo, Alessandro é acusado de homicídio qualificado e homicídio tentado duplamente qualificado – esse último no caso de L.H.O., que se encontrava com Rodrigo Neto no local do crime e também foi alvejado, mas não morreu “por erro de pontaria do atirador”. A defesa tentou, sem sucesso, derrubar a pronúncia do acusado, por entender que não existem elementos suficientes no processo para submeter o acusado ao júri, mas o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou recurso.
O julgamento de Pitote será o segundo no caso da morte de Rodrigo Neto. Em 28 de agosto de 2014, Lúcio Lírio Leal foi considerado culpado pelo Júri Popular e sentenciado a cumprir 12 anos de prisão. No inquérito policial, Lúcio Lírio foi o responsável por monitorar o perímetro onde Rodrigo Neto estava. Minutos antes do crime, a picape Fiat Strada, de propriedade de Lúcio Lírio, passou várias vezes em frente ao local em que Rodrigo Neto estava. Já, Pitote, era o carona da motocicleta que minutos depois chegou ao local da execução.
Passados mais de dois anos do caso, outros pontos permanecem sem respostas. Um inquérito complementar em aberto investiga os mandantes dos crimes, a motivação e quem pilotava a motocicleta que levava Pitote.
Fonte: Diário do Aço