Tempos bons!
Outro dia, conversando sobre o atual momento do futebol regional com um amigo que não via há muito tempo, ficamos a recordar algumas competições e times do passado. Para os mais jovens fica parecendo “coisa de gente velha”. Porém, na verdade é só saudade mesmo. O assunto inevitavelmente desembarcou em décadas passadas. Esse time da foto é uma das formações do Esplanada dos anos 70. Tempo do campo mais terra que grama, bolas ruins que na chuva dobravam de peso, chuteiras duras que maltratavam os pés. Entretanto, sobrava qualidade no futebol. Não tive o prazer de ver esse time jogar. Mas, conheci muitas dessas feras e ouvi histórias maravilhosas contadas pelo Pepê da Loja, Carlinhos Marcelino, Bedeu, Mariposa, Palavrão e tantos outros que viveram nosso futebol numa época de ouro. Seria muito bom que histórias assim, inspirassem as atuais equipes no Regional que começará em agosto.
Mineiros na rabeira
As participações brilhantes nos últimos campeonatos ficaram para trás. O mineiro melhor colocado no Brasileirão 2016 é o Atlético na 14ª posição. Situação bem distante de quem entrou como um dos favoritos. Porém, enquanto Marcelo Oliveira não tiver todo o elenco a sua disposição, terá essa desculpa para dar em cada resultado ruim. Por outro lado, mesmo com todos dos desfalques, não tem explicação permitir o adversário empatar depois de estar perdendo por 4 a 2 em casa. Depois de um começo eletrizante e novas falhas defensivas o Galo perdeu dois pontos. Agora terá a semana pra se preparar para o clássico de domingo contra o maior rival. Pode ser o “divisor de águas” tanto para um lado como para o outro.
O Cruzeiro voltou a errar muito e consequentemente foi pra zona de rebaixamento. Novamente a Raposa teve mais posse de bola e chegou a controlar o jogo. Porém, repetiu os erros de finalização. Diante de um adversário recheado de reservas, era a grande chance de vencer em casa e chegar com moral no clássico de domingo.
O América finalmente venceu a primeira. Com o novo técnico Sérgio Vieira observando apenas do camarote, o Coelho se não demostrou mais organização, pelo menos vontade de sobra teve. As entradas de Osman e Borges também qualificaram mais o ataque da equipe é verdade. A escolha por um técnico português, a exemplo do Cruzeiro, demonstra que o América também aposta no fato novo.
Seleção: Só isso?
Ficar acordado na noite de sábado até ás 23 horas pra assistir a estreia da seleção na Copa América foi um exercício duro de perseverança. Até porque a expectativa de ver um bom futebol era pequena. Confesso que até me surpreendi com o começo. Velocidade, inversões de jogadas, e algumas boas oportunidades criadas. Cheguei até a despertar da sonolência que insistia em me dominar. Do outro lado, a seleção equatoriana também buscava o gol, usando os lados do campo e penetrações pelo meio da zaga brasileira. Porém, o ritmo da seleção de Dunga diminuiu e ele novamente demonstrou toda sua incapacidade em “ler o jogo” demorou a mudar o time e só não perdeu por uma falha da arbitragem que viu bola fora no lance que o goleiro brasileiro falhou bisonhamente. No próximo compromisso contra o Haiti, não só a vitória, mas uma boa atuação é obrigação.
Rogério Silva
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