Na Teologia tratamos de tudo, inclusive do medo. É de conhecimento que o medo tem sido usado e abusado por aqueles que querem explorar os seres vivos, quaisquer que sejam. E, na religião isso não tem sido diferente – lamentavelmente.
Um teólogo deve ter uma atitude correta em relação a este sentimento ao qual todos somos sujeitos.
O medo está presente na vida de cada ser humano, até do maior herói. Muitas vezes ele foi a causa do heroísmo, do grande feito ou da grande conquista. Sim, no fundo, ele influencia todas nossas ações.
Quando – cedo de manhã – encaramos o novo dia, podemos ser muitas vezes desapercebidamente movidos por algum tipo de temor consciente, ou inconsciente, talvez até totalmente imerso no subsolo do nosso ser.
Eu acho impressionante como – para os que seguem a Bíblia – existe uma constante reafirmação nela de que não devemos deixar este sentimento negativo, depreciativo, derrotista, e sempre debilitante assumir as rédeas do comando de nossos pensamentos e ações, ou mesmo, de nossa inércia.
Entre as dezenas de afirmações e reafirmações de que não devemos temer ou ter medo, tem uma ocasião na qual Jesus, nosso teólogo-mor, tratou do assunto de forma bem direta. E quase no final destas suas palavras, registradas por Mateus (10.21), ele diz: Não se vendem dois passarinhos (pardais) por uma moeda pequena? Mas nenhum deles cairá no chão se não for da vontade de vosso Pai.
O que é que o Teólogo está transmitindo aqui?
Ele se refere ao valor de cada ser vivo, criado pelo mesmo Criador, e entre os quais estamos nós, seres humanos. Cada um de nós, não importa origem, performance ou conquistas, tem um valor inestimável, bem como todos os outros seres criados. Mas, tudo e todos estão sob o cuidado zeloso do próprio Criador, que o nosso Senhor chama de Pai.
Então, nada acontece por acaso. E este dia de hoje, ou de amanhã, ou mesmo aquilo que chamamos de ‘futuro’, tudo está debaixo da alçada dEle.
Para alguns esta ideia é muito geral, e de pouca aplicação. A questão é que o Senhor da lógica não está preocupado com o que os nossos ‘teóricos’ estão pensando. Ele se preocupa com o aqui e agora que você e eu temos de enfrentar, com ou sem dinheiro, com ou sem experiência, enfim, do jeito que somos e estamos. E aí, o que realmente ‘atrapalha’ é esse sentimento ‘para baixo’ que tira nossa concentração, e diminui em muito qualquer capacidade de resistir que ainda tivermos. (Pergunte àquele que recentemente teve de passar por um vale de dor e sofrimento, qual foi a atitude que o ajudou mais.)
É não ter medo, não deixar o medo se alastrar e atuar de forma paralisante sobre pensamentos e músculos, e nos imobilizando para qualquer ação ou reação apropriada.
Assim, a Teologia deve sempre ser realista, deve nos levar a encarar nossa realidade, e ao mesmo tempo, nos ajudar a lembrar de que tem alguém no comando dos acontecimentos em cujos olhos nosso valor é altíssimo.
Então, com todo o respeito ao que você pensa e já viveu, uma conclusão muito pessoal: se o medo está atrapalhando nesta sua fase atual, tome uma decisão teológica libertadora: “Não temas, Deus é contigo!”
Rudi A. Kruger
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