Toda amizade é uma graça alcançada!
E a amizade com animais pertence, também, a esta classificação!
Na nossa casa, nossos filhos, e netos – todos cultivamos relacionamentos muito lindos, pessoais com pássaros, ratinhos, peixinhos, gatinhos, cachorrinhos e lá vai. Na minha infância tínhamos um gato – Mico, e um cachorro – Nepsch, e havia galinhas, coelhos, porquinhos-da-índia, papagaios, caturritas, etc.
Quando nossas crianças eram pequenas, tivemos vários cachorrinhos, pintinhos… muitas histórias e aventuras a beça – não raro a gente se lembra de um deles quando vê ‘alguém’ parecido. Sim, não é algum, mas ‘alguém’ parecido, porque havia um relacionamento, havia sentimentos, e, sobretudo, correspondência.
Como é, como se dá esse relacionamento homem – animal? Ou animal – homem?
Pude testar isso mais de perto outro dia. Estava sozinho na casa de meu filho, com o Xito – um gato pardo, já amadurecido, tamanho grande tendendo para ‘pesado’, mas ainda muito jovial. E muito ‘presente’.
Ele está acostumado a ficar o dia todo sozinho em casa, e à tardinha espera com ansiedade a volta do ‘pai’ do seu trabalho.
Naquele dia – como ele tinha sido especialmente ‘simpático’ comigo – comecei a sentir saudades dele, antecipadas, pois eu estaria viajando em mais alguns dias.
Confesso que fiquei surpreso com esse sentimento meu.
Gato gosta de receber carinho – e eu fazia isso cada dia, bem moderadamente – longe de me provocar qualquer ciúme… Pois eu iria embora, e ele ficaria com seu ‘pai’.
No dia da saudade antecipada, eu lhe fiz carinho e ele demonstrou gostar muito. Foi nesse momento que ‘senti’ que nossa comunicação tinha chegado a um nível diferente – e a ideia de ‘alma’ me veio à mente!? – Que engraçado, pensei.
Pessoas que vivem isoladas – sem nenhum tipo de relacionamento com algum ser vivo – devem se sentir muito mais a sós, muito mais deixadas ao abandono.
Por outro lado, creio que é possível se relacionar mesmo com uma formiga, ou com uma lagartixa. O filme “Ratotuille” não é apenas engraçado, ele toca em nossas cordas da alma e chegamos a nos desconhecer, pois em geral nosso conceito a respeito de ratos é que são sujos e nojentos, e que seriam o último tipo de companheiro que gostaríamos de ter em nossa cozinha – e preparando comida para humanos!
Como outros animais, o gato é um grande companheiro do ser humano. Geralmente ele é meigo e dócil – uma criança, mesmo sem muito jeito – pode agradá-lo e o animal lhe faz um bem muito grande. Concluo, então, que, para todas as idades, a presença de um animal num relacionamento sadio, ‘amoroso’, em que há troca de pequenos ‘favores’ e ‘obséquios’ é um elemento de muita diversão e mais: de enlevo psicológico!
Sim, fiquei com saudades do Xito. Espero que ele tenha conseguido superar a dor da partida sem muita dor. Mas também sinto gratidão a ele pelos pequenos sinais de relacionamento e empatia que mostrou para comigo.
É difícil imaginar que um aparelho de tevê possa substituir um ser vivo.
Contudo, programas de tevê com o enfoque nessa sensibilidade animal já pertencem a uma classe melhor, pois não apenas ensinam algo sobre animais, mas somos levados a vê-los no seu lado ‘humano’ também: se relacionando, e vencendo as dificuldades que se lhes apresentam.
Quantas vezes a fidelidade e a sensibilidade de um animal fez com que a pessoa cansada, só, deprimida, se levantasse e começasse a reagir, e a superar suas dificuldades.
De fato a Teologia abrange todas as áreas de nossa vida!
E o teólogo Paulo lembra – logo no início de sua carta aos cristãos romanos – que nós, seres humanos, podemos conhecer o nosso Criador a partir da sua criação – inclusive, dos animais!
Que nesta nova semana, num novo mês, você possa experimentar mais uma vez a alegria e o prazer que seu Criador tem em você, e em todas as suas criaturas ao nosso redor!
E que nós – cada dia mais – sejamos amigos verdadeiros de nossos animais!
Rudi Augusto Kruger,
Diretor da FACTUAL, [email protected]
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As aulas recomeçam na próxima semana!!!!
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