As exigências do cotidiano têm contribuído para uma sociedade propensa a desenvolver síndrome do pensamento acelerado pelo excesso de estimulação (celular; redes sociais; excesso de informação), excesso de tarefas e diminuído espaço para atividades de lazer. A modernidade vêm romantizando a ansiedade, em um espaço onde tudo acontece em um ritmo rápido e ansioso. Mas, somos todos vítimas?
Há que se observar que o ato de relaxar e se permitir apreciar cada momento em plenitude; ler um bom livro; ficar sem fazer nada e não se culpar por isso, viajar; passear; dançar…tudo isso passa por um referencial interno de aprendizagem, construído ao longo da vida. Geralmente, pessoas excessivamente cobradas e com poucos modelos de carinho e incentivo como referência enfrentam dificuldade de colocar as suas próprias necessidades como prioridade e cada vez mais entram neste romance ansiogênico, quanto mais se produz, mais se experimenta a falsa sensação de completude e alívio, a duras penas segue-se o ritmo, essas características parecem apontar para um relacionamento abusivo e nada assertivo.
As consequências têm adoecido; sensações são conhecidas: Acordar cansado; dificuldade para acalmar os pensamentos; dificuldade para relaxar, sofrimento por antecipação, irritabilidade; apreensão; esgotamento; dores e tensões musculares; sensação de descontrole do tempo (24 horas não são suficientes); entre outras.
A solução percorre o caminho da auto observação e análise para uma progressiva autonomia, da percepção das regras que nos submetemos e que provocam rigidez e necessidade de controle constante. Será que temos reconhecido nossas conquistas? Sou justo comigo? Reconheço minhas necessidades? permito minha mente relaxar? Quanto custa o meu descanso? O acompanhamento psicológico é indicado para o auxílio neste processo de ressignificação e autonomia. É importante um equilíbrio onde se possa cumprir os compromissos bem como ter momentos de descanso e lazer.
Elizangela Ferraz
Psicóloga/ CRP: 04/44664
Obs.: Esse texto não visa substituir psicoterapia, consulte um psicólogo!