Pedido de lençóis e cobertores foi feito pela administração da unidade, que é terceirizada. Executivo já está providenciando os itens e afirma não ter sido comunicado sobre estas necessidades
CARATINGA- Esta semana, a entrevista concedida a um órgão de imprensa pela diretora da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Vânia Franco, solicitando doações de cobertores e roupas de cama para ao estabelecimento de saúde repercutiu e gerou alguns questionamentos da população. Qual a justificativa de uma campanha de arrecadação de um material que é de responsabilidade da prefeitura fornecer?
De acordo com a Secretaria de Saúde, a explicação é que o executivo não foi informado desta carência dos materiais e se surpreendeu quando a campanha já estava repercutindo na cidade.
Segundo a secretária Jacqueline dos Santos, a gestão da UPA é terceirizada ao Consórcio CidesLeste, que realiza a sua administração. No entanto, a manutenção de equipamentos, utensílios e mobiliários ficam por conta do executivo. “Quero ressaltar que em nenhum momento a Secretaria de Saúde, a Administração Municipal, foi oficializada quanto à necessidade de cobertores e lençóis. Não tomamos ciência disso, cabe à administração da UPA nos solicitar, bem como tem sido feito outras solicitações. Por exemplo, telhado deu problemas, é oficializado, encaminhamos alguém para resolver. Tem um equipamento que teve problema, imediatamente providenciamos a manutenção e assim sucessivamente com tudo que acontece lá no que se refere à manutenção. Mas, para isso ser informados”.
Jacqueline frisa que a Unidade de Pronto Atendimento segue sendo mantida com recurso próprio, pois apesar da habilitação para custeio ter sido publicada recentemente, o recurso federal ainda não chegou aos cofres do município. E o local tem sido a única porta de entrada para os pacientes, desde o fechamento do hospital. “Tomamos ciência pela mídia em relação a campanha em prol desses cobertores e lençóis. Acredito que em uma situação específica tenha faltado um ou dois, mas isso não quer dizer que lá no equipamento não tenha. Lá tem vários cobertores, mas estamos nesses últimos dias com uma demanda excessiva de atendimentos, sendo ela a única porta aberta estamos tendo um movimento para além daquilo que era previsto na normalidade. Diante disso, realmente, com esse aglomerado de pessoas, esse aumento no fluxo de atendimento, pode ter havido uma situação esporádica”.
Muitas pessoas têm se mobilizado após a divulgação desta dificuldade enfrentada na UPA, mas a secretária de Saúde faz questão de isentar a população deste papel. “Houve essa iniciativa por parte da administração da UPA, que é específica, até sendo orientada por uma pessoa do meio de comunicação que fizesse essa campanha, mas, a responsabilidade não é da população, é nossa. Nós tomaremos os cuidados, as medidas necessárias para que possamos suprir o equipamento dessa necessidade. Já estamos providenciando mais cobertores e lençóis”, finaliza.