O vento, da liberdade, chegou lento.
Na lentidão espalhou-se numa locomoção de camaleão
como um camaleão que quer ser campeão.
Vai brigando por um espaço, na lentidão, espalhando-se em todas as direções.
Estando eu, aqui, em casa através da janela vi a paz, nua na rua, correndo riscos.
Seguindo, lá, o cheiro está a juventude e velhos famintos de mudança.
Seguindo o vento vindo de todas as direções, vento de esperança.
Esperança quase moribunda, nua na rua, por causa dos marimbondos
que comeram dinheirão do povão.
Salve, a independência!
Salve, as instituições e a paz (in) visível
Para uma Angola livre, una e indivisível.
António José Alexandre
*Diretor Geral Adjunto do Instituto superior politécnico Nelson Mandela, pesquisador ,poeta, escritor e membro correspondente da Academia de Letras Teófilo Otoni (ALTO).