Margareth Maciel de Almeida Santos
Doutora em Sociologia Política (IUPERJ)
Membro do Instituto Nacional dos Advogados do Brasil (IAB-RJ)
As manipulações interesseiras em defesa de grupos oligárquicos é uma preocupação constante daqueles que entendem sobre o que é a Justiça Social. A carência de respeito à dimensão moral leva-nos a pensar sobre a existência humana que estar em aparecer para si mesmo e para os outros. É notório que muitas estratégias políticas são utilizadas para travestir os interesses privados em interesses coletivos.
E o que vamos fazer neste mundo onde a amplitude de protestos a favor de uma vida digna é constante? Quantas lamúrias ouvimos daqueles que ficam agonizando em filas de hospitais para serem atendidos, as lamúrias dos desempregados, dos que não tenham o que comer, das desigualdades raciais e de gênero, da segurança, dos direitos sociais, dos direitos trabalhistas?
As legitimidades das lamúrias são democráticas, mas o Estado é tipo oligárquico como a política também é, porque a vida cotidiana dos cidadãos e dos que elegem seus representantes estão do lado de fora das instituições que o representam. O Estado tem que assumir sua função pública. Parece que as instituições democráticas estão sendo atacadas de forma invisível ao mesmo tempo em que estão sendo substituídas por uma oligarquia no poder. O grau de qualidade de uma democracia está nos instrumentos que a população dispõe para que os conflitos encontrem consensos por meio do diálogo sobre o que é certo e justo a todos. A Constituição Federal de 1988 tem que ser respeitada e não rasgada. A participação política tem que ser consciente, o agir em conjunto pelo bem comum e não podemos nos limitar a simplesmente depositarmos votos nas urnas.
O que é ser um homem de boa vontade?
Saber de que forma implementar suas reivindicações, definir prioridades, ser fruto de uma conduta ética. Toda essa minha reflexão se deu a partir de um artigo que li sobre Política e força moral de Dom Walmor.
Olhem que interessante:
“A fidelidade aos princípios democráticos define a autoridade e a força moral dos candidatos. A Igreja Católica, em sua Doutrina Social, sublinha a importância da democracia, que assegura a participação dos cidadãos na vida política, a possibilidade de os governadores elegerem e controlarem seus governantes. Por isso mesmo, neste ano eleitoral, sejam incansavelmente reafirmados os valores da democracia, irradiando uma luz que se acende na escuridão…”
Caso queiram leiam o artigo completo em https://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/artigo-de-dom-walmor/politica-e-forca-moral/.
PAZ E BEM!