Margareth Maciel de Almeida Santos
Doutora em Sociologia Política (IUPERJ)
Membro do Instituto Nacional dos Advogados do Brasil (IAB-RJ)
Zema diz que Kalil não tem QI, e ex-prefeito ironiza: “ele é muito mais inteligente do que eu” diz a redação [email protected] em 02 de junho de 2022, durante o Congresso Mineiro de Municípios.
Reescrevendo aqui o que li, e considero dolorosa essa notícia pois se opõe aos esforços da democracia, sem deter-me numa discussão detalhada lhes informo que “O pré-candidato ao governo de Minas pelo PSD Alexandre Kalil chegou ao evento promovido pela Associação Mineira de Municípios (AMM), no exato momento em que o governador Romeu Zema o criticava. O atual governador disse que Kalil, vivia à sombra do pai, Elias Kalil, e daquilo que construiu quando esteve à frente do Clube Atlético Mineiro, tendo inclusive quebrado a empresa herdada da família” o que fez Kalil reagir imediatamente: “Eu respeito muito o governador, mas deixe meu pai em paz e respeite a vida das pessoas. Quer colocar a vida privada em jogo, eu coloco, mas prefiro não usar o que eu recebi para ganhar eleição”, afirmou Alexandre Kalil, sem dar mais detalhes.([email protected]).
A Associação Mineira de Municípios é a casa executiva dos mineiros, conhecida como uma das forças mais atuantes exercidas pelos prefeitos em busca pelas transparências das ações do Estado de Minas Gerais, a regulação dos repasses para os municípios dando foco para a economicidade e atingir o alvo maior que é melhorar a qualidade de vida do cidadão mineiro. São 853 municípios cujo slogan é “SOMOS MINEIROS E JUNTOS SOMOS MUITO MAIS”.
Antes quero explicar porque essa notícia me chamou atenção. Sendo a AMM, A CASA DOS MINEIROS, devemos ter capricho com essa casa. Mário Sérgio Cortella nos ensina sobre capricho explicando que não nascemos sabendo o que é, mas é algo que nos faz educar alguém e esse alguém se educa. O relaxar vem quando começamos a deixar de lado as coisas, e explica que o incêndio não começa sozinho, mas sim com uma faísca.
A AMM, é a casa da democracia dos mineiros, mas não entendo essas tensões que parece ter um tratamento dado às oscilações políticas, impedindo possibilidades para um novo cenário político estatal, possibilidades mais interessantes. É preciso parar para pensar a despeito.
Vocês poderiam me explicar qual o vínculo existente entre guerra e política? Qual é a justificativa moral da ordem?
Se existe alguma verdade nessas acusações, dentro da casa da AMM é preciso antes de tudo focar na melhoria da qualidade de vida dos mineiros, e não a vida privada de cada um. O povo sabe o que os políticos fazem durantes sua gestão e o olhar desse povo se dirige para o bem comum. Estetizar a violência exemplo citado acima, o tripé formado entre a Casa dos mineiros, o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil que tem a pretensão de ocupar o cargo de governador de Minas Gerais.
A realidade conflitual do político conduz à guerra e essas oposições que criam intensidades cujo meios e fins não irão levar a assuntos relevantes que possam interessar aos 853 municípios presentes naquele Congresso. Nesse contexto também não posso deixar de dizer que essa guerra causa divisões e consequentemente propósitos políticos, partidos mas a finalidade principal da Associação é enfraquecida, causa a desorientação do que se foi buscado naquele momento.
Em linhas gerias, pode-se afirmar que nesse Congresso estão presentes diferentes ideologias e convicções políticas existentes na sociedade, mas antes de tudo é dever tomar conhecimento da norma interna que rege a organização e o funcionamento da Associação Mineira dos Municípios.
CAPRICHO É A ORDEM!