Margareth Maciel de Almeida Santos
Doutora em Sociologia Política (IUPERJ)
Membro do Instituto Nacional dos Advogados do Brasil (IAB-RJ)
Como estamos no tempo da quaresma e no dia 8 de março é comemorado o Dia Internacional das Mulheres, e entendendo que posso atribuir a esses fatos, o texto sobre o Ciclo do Jubileu 2025, escrito pela Papa Francisco, me levou a reunir em meu pensamento a grandiosidade de Maria, mulher, mãe de Jesus e nossa. Ainda confesso, que as palavras do Papa no texto citado acima foi como uma flecha ardente que entrou em meu coração.
Além disso, a Igreja católica, nesse ano do Jubileu, que como disse em artigo anterior aqui no Diário de Caratinga, o qual ocorre de 25 em 25 anos, é um convite de Deus para nós. Confiarmos totalmente em Jesus Cristo, pois ELE é a nossa esperança. Esperança de sermos melhores para construirmos um mundo melhor, essa é a mensagem do Jubileu.
Essa ESPERANÇA que é JESUS, nasceu do ventre de uma mulher escolhida por Deus, e seu nome é Maria. O Ciclo do Jubileu 2025 foi escrito pelo Papa Francisco na audiência geral que ocorreu no dia 22 de janeiro deste ano, na sala Paulo VI, e fala do anúncio do anjo Gabriel a Maria e a sua escuta e disponibilidade em servir (ver Lc 1, 26-38).
Maria foi uma mulher, como Jesus foi um Homem e ao mesmo tempo Deus nos conta o evangelista São Mateus. Ela, a Rainha do céu e da Terra, Aquela que foi comprometida com o convite do anjo Gabriel que lhe disse: “alegra-te”, “rejubila!”.
A graça de Deus realizou em Maria quando o anjo Gabriel anuncia à Virgem a sua missão, se referindo à messianidade do menino Jesus que iria nascer por meio de seu ventre chamando-a a ser a mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, não só como Deus homem, mas também no sentido divino e espiritual. Esse fato nos faz entender que por amor e compaixão conforme nos fala tanto o apóstolo Lucas como Mateus, que o nome de “Jesus” significa “Deus salva” (cf. Lc 1,31; Mt1,21).
E Maria é tomada de uma grande confiança ao ponto de que ela se abandona, obedece e abre espaço para JESUS entrar por meio do Espírito Santo em seu ventre. E pode-se dizer que essa maternidade abala Maria em seus alicerces, procurando compreender e discernir o que estava acontecendo. Ela esperava se casar com José que também foi escolhido para ser o pai de Jesus, e este quando soube que Maria estava grávida resolveu abandoná-la, até que o anjo Gabriel lhe apareceu e lhe disse que Maria estava grávida do Espírito Santo. Para quem não crer parece um conto de fadas.
Maria foi guerreira, em uma época em que a mulher grávida sem se casar era apedrejada, enfrentou toda a situação junto com São José, pois ela recebe a maior missão confiada à uma Mulher ou seja a uma criatura humana. Põe-se a SERVIÇO de Deus e de todos, pois andou imensas distâncias para ajudar Isabel sua prima que estava grávida de São João Batista e já em idade avançada.
Maria sendo MÃE DE DEUS, poderia ser soberba, mas sentia que estava CHEIA DE TUDO. Mulher inteligente, capaz de ler no íntimo dos acontecimentos (cf. Lc 2, 19.51). Ah se nós mulheres pudéssemos ser como Maria, tenho a certeza de que iríamos compreender e discernir o que acontece ao nosso redor e com a intensa sabedoria confiaríamos de tal forma em Deus que seríamos capazes de ficar em silêncio em determinadas situações, confiando e nos entregando a Jesus para que nosso agir pudesse contribuir para a transformação de um mundo melhor.
Maria nos ensina que podemos mudar o rumo das coisas em nosso entorno, pela virtude do silêncio, o que não significa se calar e nada fazer, mas escutar o que Deus tem a nos falar para depois agirmos. Mas agirmos com o ESPÍRITO SANTOS DE DEUS em nós para que sejamos repletas de dignidade e autoridade a fim de sustentarmos o que precisa tanto em nós e no outro ser transformado.
A coerência entre a fé e vida na esfera política, econômica e social, pontuando aqui a falta de referências para muitos âmbitos que compõem a sociedade e principalmente o desenvolvimento humano requer a formação da consciência. Precisamos entender a realidade em que se vive. Vejam o que está acontecendo, em nosso país que passa por uma gravíssima crise ética, política e econômica e institucional.
O silêncio de Maria proporciona uma Paz inquieta e podemos dizer aqui que nessa “modernidade líquida” que muito explica o sentido que a organização social tem tomado , o silêncio de Maria vem nos ajudar a assumir tarefas em todos os níveis. Podemos citá-los como o político, social, econômico e legislativo interligados com a justiça social que é base para PAZ.
Sem perder o foco da nossa reflexão as convido mulheres, a entender a vontade de Deus em nossas vidas tendo como referência a BENDITA MULHER ENTRE TODAS AS MULHERES, A NOSSA ADVOGADA NO CÉU E NA TERRA, que é MARIA A MÃE DE DEUS E NOSSA, seguindo a sua determinação, a sua ternura e o serviço.
É difícil quando num mundo em que vivemos a mulher a cada dia perde a sua identidade de tal forma que a diminui conforme nos mostra as mídias: a porcentagem de mulheres violentadas seja pelo marido, ou pela própria sociedade.
Concluindo que os pilares de Educação, Direitos Humanos, e Políticas de Inclusão Social é em síntese o bem comum, no mundo da política. E nesse contexto podemos dizer que MARIA A MÃE DE DEUS E NOSSA, é a referência para o mundo em que estamos vivendo.
VIVA AS MULHERES! VIVA MARIA A MÃE DE DEUS E NOSSA!
PAZ E BEM!