PCMG, MPMG e PCERJ prendem autores do homicídio do médico Paulo Barros. Crime aconteceu em outubro do ano passado em Inhapim e a dupla foi presa no RJ
DA REDAÇÃO – Na manhã desta segunda-feira (13), a Polícia Civil anunciou a prisão de um casal. Segundo a PC, este casal é o autor do homicídio do médico oftalmologista Paulo Francisco Correa de Barros, 71 anos. O corpo da vítima foi encontrado no dia 28 de outubro de 2024 na zona rural de Inhapim. Os autores trabalhavam para o oftalmologista.
PRISÃO DOS AUTORES
Nesta segunda-feira (13), a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), em ação conjunta com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), prendeu o casal acusado de executar o médico oftalmologista Paulo Barros.
A operação foi desencadeada após a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO/PCERJ) receber informações anônimas sobre o paradeiro dos suspeitos. De acordo com as investigações, eles estavam escondidos em uma residência localizada no bairro Campo Grande, capital fluminense.
Para confirmar a identidade dos alvos e garantir a regularidade dos mandados de prisão, a PCERJ entrou em contato com a Delegacia de Polícia Civil e a 2ª Promotoria de Justiça de Inhapim. Após a validação das informações e a coordenação entre as instituições, foi realizada a prisão dos suspeitos, na manhã de hoje, na casa onde estavam refugiados.
Segundo o delegado Guilherme Lincoln Rocha Pereira, responsável pelas investigações, a prisão é uma resposta ao compromisso da Polícia Civil em combater crimes violentos e garantir a detenção de indivíduos considerados de alta periculosidade. “Esse caso provocou grande abalo social, dada a brutalidade da execução do médico oftalmologista”, destacou.
O promotor de justiça responsável pela denúncia, Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, enalteceu o trabalho eficiente e conjunto da Delegacia de Inhapim com a PCRJ e MPMG de Inhapim. “Trata-se de importantíssima vitória no combate à impunidade e aos crimes contra a vida”, pontuou.
Os detidos foram encaminhados ao sistema prisional e permanecem à disposição da Justiça. O inquérito policial já foi concluído e os indivíduos foram denunciados perante a 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Inhapim. Se condenados, podem cumprir de 16 a 42 anos de prisão.
O CRIME
O corpo do médico oftalmologista Paulo Francisco Correa de Barros, 71 anos, foi encontrado no dia 28 de outubro de 2024 em sua propriedade na zona rural de Inhapim. A Polícia Militar fez diligências para chegar à autoria do crime. Conforme os levantamentos da PM, os suspeitos seriam o caseiro e sua companheira.
Para chegar até os suspeitos, a PM analisou imagens de câmeras de segurança e foi possível descobrir que no domingo (27/10/24), por volta das 10h, o médico, o caseiro Kauê Ferreira da Silva, de 27 anos, e Maria Eduarda Magalhães Vitorino, de 18 anos, começaram uma discussão que evoluiu para luta corporal.
O médico sacou um revólver e ameaçou o caseiro. Conforme as imagens, Paulo vai até o quintal, onde fica por alguns instantes. Em seguida os três entram para a casa do médico. O caseiro, então, consegue desarmar o médico e efetua disparos de arma de fogo contra ele. A companheira de Kauê pegou um facão na casa da vítima e desferiu vários golpes na cabeça do médico.
Desse ponto em diante as imagens acabam, pois o padrão de energia elétrica foi desligado.
A perícia técnica da Polícia Civil esteve no local e constatou que a vítima possuía duas perfurações provenientes de projéteis de arma de fogo, sendo uma na parte esquerda do tórax, outra a coxa direita, além de ferimentos diversos na cabeça provenientes de instrumento contundente.
Foi apurado que a vítima não estava satisfeita com os serviços que estavam sendo prestados pelo caseiro, que era recém-contratado.
Após o crime os autores fugiram. Depois de 78 dias de procura, a PC localizou e prendeu o casal no bairro de Campo Grande, no Rio de Janeiro.
- Autores sendo conduzidos pelos policiais civis
- A vítima Paulo Francisco Correa de Barros, 71 anos (Foto: Arquivo)
- Maria Fernanda sendo levada para delegacia no Rio de Janeiro
- Kauê Ferreira no momento da prisão
- Promotor Jonas Junio Linhares Costa Monteiro e o delegado Guilherme Lincoln Rocha Pereira
- Local onde aconteceu o crime (Foto: arquivo)