CARATINGA– Lívia Alves Junqueira, 20 anos, é cantora e compositora. Mesmo sendo tão jovem, a artista já faz a diferença em seu meio, pois acredita que através da música pode se expressar e também gerar questionamentos em suas composições, além de retratar sentimentos que às vezes as pessoas têm medo de compartilhar. “Descobri desde nova que podia cantar aquilo que eu tinha medo de falar, e eu descobri que podia desabafar tudo que mais me incomodava”, disse Lívia, que participou do programa “Conectados com Marcy Lopes”.
Você é a terceira mulher entrevistada com talento musical aqui no Conectados, mas o seu estilo é diferente das outras duas. Seu estilo é popular, rock internacional e nacional?
Sim, meu estilo de composição varia, mais entre a música popular e o rock nacional. Mas também trabalho com cover de músicas internacionais, entra um pouco de rock, um pouco de pop, entra um pouco de tudo, então meu repertório gira em torno desses estilos mesmo.
Quando descobriu que tinha talento para cantar e compor?
Então isso quem descobriu que eu conseguia cantar foi a minha professora de primeira eucaristia, eu devia ter uns dez a onze anos. E nos ensaios ela pediu para que os alunos que conseguissem cantar levantassem. E ela foi fazendo meio que um teste, e depois ela me falou que eu conseguia cantar e fazer uma apresentação muito bacana. Ela organizou direitinho pra que eu conseguisse estar cantando, foi aí que meus pais viram o meu primeiro contato com esse meu lado. Depois disso a composição também não demorou muito, comecei a escrever com doze anos a treze anos, e aos quatorze eu escrevi a minha primeira música que chama “Entre Grãos”, inclusive está publicada nas minhas redes sociais.
Você disse que suas composições retratam suas experiências de vida. Fale um pouco sobre isso.
Pra mim a composição é sinônimo de expressão. Descobri desde nova que podia cantar aquilo que eu tinha medo de falar, e eu descobri que podia desabafar tudo que mais me incomodava. Houve há muito tempo uma situação que eu não podia compartilhar algumas questões. Eu lidei muito com ansiedade e depressão com uma idade bem mais nova, e a gente sabe que existe muito tabu ainda, e preconceito em falar a respeito da saúde mental. Então tenho encontrado a música pra confiar, pra conversa a respeito, expor esse sentimento. E na época eu não podia compartilhar, a música foi algo que me salvou, eu acredito que essa experiência me ensinou muito sobre quem eu sou, e sobre as pessoas ao meu redor. E eu gosto de escrever sobre essa nova perspectiva de vida, que foi quase nascer de novo então eu trago muito isso nas minhas músicas.
Você acredita que a música é um remédio para as doenças emocionais que o mundo vive hoje?
Acredito sim, tanto para quem compõe, quanto para quem estuda. A música pra mim também é refúgio, a gente consegue fugir do mundo e dos problemas em nossa volta. Quem nunca viajou ouvindo uma música no fone durante o trabalho, por exemplo. A música é também parceira nossa, ela serve como um consolo e como uma desculpa também, é conselheira, e a gente sofre pela música, a gente diz está sofrendo pela música, mas na verdade a gente toca pela lembrança a gente traz, então essas emoções que a música desperta na gente eu acho muito saudável.
Você tem algum artista preferido na sua área musical?
Olha, do meu estilo eu tenho algumas referências até internacionais, não consigo eleger um só, mas de artistas internacionais eu gosto muito do Corey Taylor que é vocalista de uma banda chamada Slipknot e Stone Sour. As minhas referências nacionais são Renato Russo, Cazuza e Jota Quest.
Você chegou a participar de alguma escola de música?
Já, eu entrei na escola de música sim, que se chama Mozart, ela foi assim essencial para mim, no meu desenvolvimento artístico, meu desenvolvimento com amizade, também conheci a galera lá quando era bem mais nova e me mantive até o ensino médio assim. Mas a gente mantém contato até hoje, a gente conversa, o Mozart foi muito especial pra mim, foi assim uma experiência única.
Está faltando música e arte na sua atual geração, ou melhor, na geração ‘Y’?
Olha, eu acredito que a música e a arte na minha geração tem bastante, até de sobra. Acho que com o desenvolvimento da tecnologia hoje em dia a pessoa consegue produzir músicas e álbuns de dentro de casa, dentro do próprio quarto, isso eu acho genial. Acho que falta espaço para o questionamento, acredito que existe lugar pra todo tipo de música, existe um lugar pra música pra gente dançar, pra gente rebolar, existe espaço pra gente sofrer, existe espaço para denúncia, existe espaço para o protesto, e também deve existir uma música que é capaz pra levantar perguntas sobre nós mesmos. A gente está num momento que vimos o mundo parar, a gente teve que lidar com os sentimentos de medo, perda, ansiedade, e agora a gente tá vendo o mundo voltando aos poucos, como se nada tivesse acontecido. Qual é o peso psicológico que isso tem para as pessoas no geral? Acredito que a música hoje não tem retratado como deveria esse momento.
Você disse que seu maior ídolo é o Renato Russo, o que ele hoje representa para você?
Eu falo que o Renato Russo foi uma introdução a música nacional, desde pequena a minha família escutava e me apresentou à música dele. Acho que a primeira influência a gente nunca esquece, ele carregava a crítica com ele, como a maior parte do Rock Nacional e do MPB carregam a crítica social. E eu acho isso muito importante na música, na mensagem. Não acredito que toda música tem que ter mensagem, mas acho que tem que existir esse espaço, precisa existir esse espaço de questionamento e de crítica mesmo, então eu acho que as minhas influências nesse sentido me mostram esse lado, o lado da crítica.
PING-PONG
-Música: Propósito
-Mente: Equilíbrio
-Arte: Essência
-Compositor: confuso
-Juventude: presente
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