Caratinga é destaque no 5º GP de Rolimã em São Bento do Sapucaí/SP
DA REDAÇÃO- Rolimã na Veia de Caratinga foi eleita melhor equipe no 5º GP de Rolimã Xtreme Night, na Pedra do Baú, em São Paulo. No último final de semana, competidores do Brasil todo desceram ladeiras de até 7 km em São Bento do Sapucaí na disputa pelo título da competição.
De acordo com o líder da equipe, Geraldo Marinho, os pilotos de Caratinga foram convidados para a competição, pela Rolimã Brasil, que acompanha as cidades que realizam eventos difundindo a modalidade. “Tivemos a satisfação de fazer nosso primeiro evento que foi um sucesso e recebemos o convite para essa competição. Têm cidades que já fizeram três eventos e não foram chamadas e nós fomos convidados para a maior competição do Brasil”.
Oito pilotos seguiram com destino a São Paulo e enfrentaram as principais dificuldades durante a competição. A primeira delas foi no reconhecimento da pista, mas a adrenalina foi garantida. “Foi muito difícil e assustador, porque quando andávamos de carrinho aqui a gente achava que sabia, mas lá que aprendemos. Quando subia a ladeira, ficávamos assustados, porque é muito íngreme a pista. Quando fomos conhecer, pensávamos se íamos conseguir. Os pilotos experientes de São Paulo e de BH começaram a nos dar dicas de como se andava nesse tipo de pista e fomos aprendendo. Acho que qualquer ladeira para nós a partir de agora, não é obstáculo”.
Para os competidores, outra surpresa: a chuva. Mas, a equipe de Caratinga superou as expectativas e se sobressaiu no evento, como afirma Gilberto. “Nossos carrinhos se desenvolveram muito bem na chuva, já estávamos acostumados, então foi um fator primordial para conseguirmos uma boa colocação lá. Eu e outro piloto ficamos entre os 20 melhores, alguns carrinhos da nossa equipe quebraram no caminho, então acredito que se isso não tivesse ocorrido outros também teria alcançado essa posição. E a equipe Rolimã na Veia foi a melhor, parceira, que andou em todas as pistas, que não correu da responsabilidade, ajudou o próximo. Ficaram muito encantados com nossa equipe, levamos troféu e placa”.
Com esta participação, o Rolimã na Veia já faz parte do calendário da modalidade no País. A intenção, conforme o líder da equipe, é fazer com que Caratinga também receba grandes eventos com competidores de diversas localidades. “É uma emoção que não dá nem para falar, é só sentir. Já estamos pensando até em colocar isso como esporte nacional, quem sabe até disputar Olimpíadas. O carrinho de rolimã era uma brincadeira, mas está virando coisa séria. Levamos o nome da cidade como melhor equipe, é um esporte como outro qualquer. Pedimos apoio de quem puder nos ajudar, não é muita coisa, estamos querendo trazer para Caratinga o campeonato nacional. A economia do local gira e é renda para município”.
DESAFIO
Alisson de Freitas também participou da competição. Ele explica que para participar foi preciso realizar adaptações nos carrinhos. “Tínhamos costume de andar aqui com carrinhos de três rolamentos. E da forma que andávamos aqui era totalmente diferente do que eles andam lá. Tivemos que fazer algumas modificações nos carrinhos, passar para quatro rolamentos, colocar proteção na lateral para evitar acidentes e essas melhorias ajudaram bastante”.
O piloto explica que as modificações foram fundamentais para que a equipe tivesse o ótimo desempenho. “Os quatro rolamentos dão mais estabilidade e mais segurança, porque o carrinho de três rolamentos dependendo da velocidade que ele atinge corre o risco de tombar. A serra, uma das maiores que descemos possui 7 km. São bem íngremes, curvas bem fechadas e essa proteção lateral faz com que quando viermos a bater no meio-fio ou outro carrinho, não tenha contato com nossos pés”.
Com o resultado expressivo, Alisson comemora a conquista junto aos demais colegas. “É motivo de muita alegria e satisfação, representamos Caratinga e esse troféu de melhor equipe foi graças a um trabalho bacana, que eles acharam que nós merecemos”.
Ricardo Policarpo enfatiza os desafios enfrentados pelos competidores até alcançar a linha de chegada. “O carrinho de rolimã roda melhor na chuva e adere mais ao asfalto molhado do que seco. Os pilotos estavam tranquilos e deu para descer sossegado a ladeira. À noite é mais difícil porque pode acontecer da lanterna falhar e lá como são 7 km de descida, poderia bater em algum obstáculo na pista e ela cair ou falhar”.
Ricardo também esteve entre os 20 melhores pilotos e afirma que a oportunidade de participar do evento é motivo de orgulho. “Fizemos o carrinho para adaptar a esta competição, fomos bem-sucedidos e conseguimos alinhar o máximo possível para fazer uma boa competição. É um prazer muito grande estar no meio dessa turma de ‘loucos’ e amantes do rolimã. Experiência única estar lá junto dos melhores pilotos do Brasil, uma honra. Estamos programando agora para ir em uma competição em Brumadinho, 5 km de ladeira, Morro do Cavalo Doido. Se Deus quiser estaremos lá”, finaliza.