E DEUS, O QUE ELE DIZ EM RELAÇÃO AOS POBRES?
Os acontecimentos na primeira igreja [no livro de Atos] revelam um envolvimento profundo com as dificuldades do próximo, inclusive na área material.
Ao examinar o texto bíblico, conseguiremos fazer um julgamento melhor sobre o verso de Deuteronômios que diz: “Contudo não haverá entre ti pobre algum […]” (Dt 15.4). De onde vem este desejo? Ao invés de pensar que é um sonho de ‘idealistas e sonhadores’, será que poderia ser algo que está no centro do coração do Criador?
Em nosso próximo passo [livro “A Generosidade Começa de Cima”] estamos respondendo às perguntas na pesquisa e análise das Escrituras [que Jesus usava, isto é, o nosso Antigo Testamento]:
- Havia um plano divino de justiça social? Ele tem a ver com o que está exposto no Pentateuco, aludido e defendido nos outros escritos do Antigo Testamento – os proféticos e os ‘poéticos’ – com a exortação precípua do exercício da misericórdia, e expressa em atos de justiça, de generosidade?
- Jesus deu instruções sobre como lidar com os bens materiais? Da responsabilidade com o irmão sofrendo carência material? Em que ele baseava suas opiniões?
- Como os líderes (apóstolos) entenderam o IDE do Mestre? Houve algum conselho quanto a uma entrega pessoal, algum exemplo de despojamento – de estarem livres do apego às coisas materiais, e de se envolverem no cuidado do irmão carente [o que de fato aconteceu naquela nossa igreja-mãe]?
O Criador e o seu sonho para a vida em comunidade
O Criador dispunha de algum plano ou sonho para a vida em comunidade? A resposta é sim. No Pentateuco encontramos as bases de uma economia familiar sustentável; nos Escritos as características principais – justiça, misericórdia e generosidade – são cantadas e louvadas, e nos Profetas, o próprio Instituidor usa as vozes humanas para lembrar a seu povo qual era a responsabilidade dos governantes, dos líderes religiosos e do povo em geral, especialmente dos ricos.
Os textos que escolhemos, entre muitos outros, revelam como Deus planejou a estabilidade econômico-financeira de seus filhos.
Uma nota interessante para o início: segundo a tradição nas famílias nos dias de Jesus, os pais, orientados pelos dirigentes das sinagogas, tinham a consciência da riqueza dos textos das Escrituras. Por isso era estimulado o decorar ‘livros’ inteiros, para que a mensagem penetrasse no profundo dos seus ‘corações’.
(Extraído do nosso livro/e-book A GENEROSIDADE COMEÇA DE CIMA, Parte II – E DEUS, O QUE ELE DIZ EM RELAÇÃO AOS POBRES, págs. 39-41)
Rev. Rudi Augusto Krüger – Diretor, Faculdade Uriel de Almeida Leitão; Coordenador, Capelanias da Rede de Ensino Doctum – UniDoctum [email protected]