CARATINGA – Cozinhar é uma arte, arte de servir, transformar, agradar, cuidar, amar e nutrir. Seja profissionalmente, por uma renda extra, ou por hobby ou terapia. Cozinhar é resgatar lembranças, aromas, sabores, pessoas e memórias. E nessa semana o programa “Conectados com Marcy Lopes”, recebeu o home chefe, Jorge Luiz Aleixo Filho, 30 anos, também conhecido como “Jorginho”.
Jorginho é natural de Inhapim, mas mora em Caratinga. Apaixonado pela cozinha, Jorginho vem uma família de cozinheiras, isso desde a sua bisavó. E nessa entrevista contará um pouco de sua história e de seus trabalhos em camarins, casamentos, casas, e eventos.
Você tem uma história muito interessante com a gastronomia, e veio de uma família de cozinheiros. Quando percebeu que tinha talento para a cozinha?
Na verdade quando eu era criança, a minha família lá em Inhapim, a família por parte de pai, a família Aleixo, do córrego do Cachoeirão, a minha tia e a minha a vó nas reuniões de famílias sempre se encontravam, todo mundo se encontrava, coisa de família, coisa de mineiro. Eu via minha tia Ana fazendo ravióli, fazendo as massas, fazendo os quitutes, a preparação de natal, aquela memória afetiva. Isso foi me gerando aquela vontade de cada dia de cozinhar mais e mais, e minha família, a minha avó, e minha bisavó, que eu não conhecia, a dona Totó era cozinheira. A minha vó também cozinhava muito bem, e a minha tia Ana também cozinha, e a minha mãe também é cozinheira. Então é nato, a cozinha está aqui na minha veia.
Fiquei sabendo que você já cozinhou para vários artistas famosos, poderia me contar alguns?
Os principais que eu cozinhei aqui em Caratinga foram para Humberto Gessinger, Gabriel Gava… Em Inhapim, na festa do Inhame que teve com o Biel Côrtes, eu cozinhei para o Gusttavo Lima, Henrique eDiego, e também tiveram alguns eventos da igreja a Assembleia de Deus, que eu cozinhei para alguns para cantores gospel, que foram a Fernanda Brum, André Valadão, teve o pastor Jorge Linhares. Numa outra oportunidade eu cozinhei para ele em uma residência aqui, e outras pessoas que a gente vai cozinhando. E recentemente eu cozinhei numa casa aqui em Caratinga onde foi recebido a dona Mirian Leitão que é caratinguense, e assim uma pessoa super agradável e inteligentíssima. O que é mais inusitado nesse meio, é que você conhece as particularidades do artista, você recebe antes uma ficha que você tem que seguir, do que eles pedem, uma lista de exigências do camarim. O Gusttavo Lima quando ele esteve aqui, estava nuns dias frios, ele pediu sopa de legumes, eu falei assim gente sopa de legumes para o camarim, eu não concordava com isso. Mas fui muito elogiado, pra mim isso nem se compara a tudo que eu já fiz. E o Gusttavo Lima é o Gusttavo Lima. A gastronomia abre portas, e me leva a lugares que eu nunca conseguiria entrar. Claro que Deus proporciona cada coisa pra mim, e me coloca em cada lugar, e diante de cada pessoa que acho magnífica. Mas a minha grande inspiração dentro da cozinha é o chefe Alex Atala, a gastronomia dele no Brasil, a forma dele trabalhar no Brasil, e a forma do sabor que ele leva à mesa dos seus convidados ,dos seus clientes é espetacular. Alex Atala é grandioso, pra mim é o grandioso na cozinha.
Qual prato que cozinhou que mais te surpreendeu e foi seu maior desafio?
Então, cozinho muito a comida litorânea, e aqui como nós somos da região mais do centro do país, então eu não tenho contato tanto com o fruto do mar fresco. E eu fui cozinhar numa casa praia na Bahia, aí eu coloquei no cardápio paelha (paeja), que é um prato espanhol, mas que tem frutos do mar. E fiz umas duas ou três vezes, mas na quarta vez que eu fiz para mim foi o ápice, foi desafiador, porque cada fruto do mar tem sua particularidade, seu tempo de cocção, porque tem que ser cozido, pôr o arroz, e dentro da paelha você faz dois pratos, porque dentro da paelha você faz o socarrat o socarrat é aquela crosta, para nós mineiros é rapa da panela, mas os espanhóis chamam de socarrat aquela rapinha da panela. Cozinhei para uma família que é do sul de Vitória, e fui elogiado por um deles que falou assim: Jorginho eu já comi a verdadeira paelha lá na Espanha, mas a sua estava sensacional, é a melhor que já comi na vida. Então isso pra mim excepcional, esse foi o prato mais desafiador, são dois elementos no prato, e também o mais satisfatório porque eu ouvi isso das pessoas que estavam lá. Hoje falo que eu não trabalho por dinheiro, eu não vivo em torno do dinheiro, porque se você trabalhar por causa do dinheiro você se torna um prostituto, a gente se permite por qualquer valor ai trabalhar. Então quando você trabalha por amor e faz por amor, você consegue dizer não, e por causa de qualquer valor você tem que ir, e consegue dizer sim com a boca cheia e sente prazer, e isso pra mim é a grandiosa coisa de qualquer ramo, tanto da cozinha, quanto a pessoa que é um pedreiro, que é um artista, acho que quando você chega nesse ponto, que você entende quem é profissionalmente, você sente sua realização.
O que você acha da alimentação dos brasileiros atualmente em termos de saúde?
O Brasil é um país muito grande, muito rico de alimentos. Eu penso que alimentação brasileira só não é saudável para quem não quer. Por exemplo, eu escolho não comer comida saudável, gente, me convida para comer uma feijoada, mas não me leva pra comer um macarrão integral. Sou muito assim, a comida brasileira é muito de escolha, mas o país não e como os norte-americanos, que tem uma vida totalmente voltada para fast food, que é batata frita, hambúrguer… A alimentação do brasileiro em modo geral é bem equilibrada, o nosso prato, o nosso carro chefe no país é o famoso PF (prato feito), que arroz com feijão, um bife, batata frita. É um prato saudável, é um prato que tem proteína, vegetais, vitaminas, é tudo organizadinho. Então alimentação do brasileiro de uma forma geral, se ele for seguir o padrão que o país tem, ela é uma alimentação saudável, o erro está em não praticar esportes, (risos), a Dário Grossi está aí, e não me vê, mas de uma forma geral sim, o Brasil tem uma alimentação saudável.
Você tem receitas voltadas o orgânico ou natural?
O orgânico a gente tem uma dificuldade regional, nós não temos tantos produtores orgânicos que produzem e tem alimentos orgânicos na cidade, vamos falar daqui da cidade de Caratinga. Eu sei que tem dois fornecedores, mas tem uma dificuldade, tem que comprar pela semana ou a cada 15 dias, mas você não consegue ir ao mercado e vai estar lá assim: alface orgânico. Você não encontra, porque alface tem que estar bonito, tem que ser comercial, então ele tem que levar agrotóxico. Mas tem pratos que eu já fiz, e é muito fácil de conseguir da execução dele, que são pratos mais leves, mais naturais. E até veganos, já fiz um evento, um casamento em Rio Casca, 55 pessoas se eu não me engano. E destas 55, 18 eram veganos, mas tinham sete que eram vegetarianos. Só que os veganos têm uma particularidade, porque você não pode usar nada que deriva dos animais, então isso foi um desafio para mim também, porque eu tive que criar um prato dentro de um casamento, criar um cardápio que fosse vegano, vegetariano, e atender quem era carnívoro. Mas foi super tranquilo, depois que eu consegui ter a concepção do cardápio, levar isso pra mesa fácil, fiz uma salada de quinoa, com vegetais grelhados e servi, acho que foi uma cebola salteada, e como carne para quem não come, lembro que eu servi um purê de batata bem aveludado, mas sem manteiga, sem creme de leite, só a batata mesmo, e coloquei um pouco de óleo de coco, e leite de coco como finalização.
Qual inspiração para fazer um prato, e como é feita a combinação dos ingredientes?
Quando você pensa em uma criação de um prato, você tem que entender para onde que esse prato vai chegar. Eu não posso criar para alguém que é vegetariano, um prato que vai ser regado em carne, então você tem que entender qual é o local que você vai levar esse prato. Não posso fazer uma feijoada para quem está comento na praia, então você tem que ter a concepção, tem que ter a ideia do que você quer fazer. Quando você senta pra criar um prato, quando eu penso no desenvolvimento de um prato, eu fico pensando por dias. Um trabalho que eu faço aqui na cidade, e ele exige uma pouco mais de sofisticação, e quando eu penso para esse trabalho, eu penso por dia e por semanas. Começo a estudar, ler livros, pesquisar coisas na internet, assistir vídeos, aí eu pego um molho que um chefe criou na Austrália, com um batata que outro chefe criou na França, com um molho desenvolvido por um chefe do Brasil, com uma carne feita por Paola Carossela, que é a Paola do Master Chefe, aí você chega na construção do prato. A coerência que tem nos pratos, você tem que saber trabalhar o sabor, você tem que saber colocar, e pensar tipo: eu vou colocar manga e maracujá dentro de um prato, pra fazer um molho pra usar na carne, quando você levar isso à boca, qual sentimento que você quer ter? Você tem que pensar isso tudo, não e só jogar na panela, tem quer ter um feeling gustativo pra isso.
Quais eventos você atende? É apenas aqui na região ou fora também?
Quando eu comecei a trabalhar em Caratinga com a cozinha, eu comecei home chefe, que é o personal chefe. A ideia é você na sua casa, me convida: Jorge, preciso de um evento para quinze pessoas, só turma de amigos, casais que vão reunir aqui na minha casa, mas não quero que a pessoa que trabalha na minha casa execute o trabalho, eu não queria que minha mãe cozinhasse, eu queria que ela participasse comigo, e nem que minha tia e fulano enfim. Eu queria algo que todo mundo ficasse à vontade, aí você chama o Jorge Aleixo. Aí eu crio o cardápio personalizado ao seu evento, de uma forma única, vou te fornecer uma experiência gastronômica, a você e aos seus convidados, de uma forma que eu crio uma memória de gustativa dentro de você, que o prato que eu te servir vai ser um prato único, de forma única, que toda vez que você encontrar com os seus amigos, que seja daqui a cinco ou dez anos, eles vão falar assim: nossa que aquela dia na sua casa, eu comi uma carne de panela e que estava maravilhosa, eu lembro dela todos os dias. Então isso foi o meu know-how para o trabalho. Em cima disso as pessoas começaram a me procurar para eventos maiores, e eu comecei a trabalhar com eventos de uma forma abrangentes, depois vieram os shows, camarins, e hoje eu trabalho no buffet, mas eu ainda faço o meu trabalho particular, que é o personal chefe ou home chefe. Eu criei o home chefe e essa ideia do home chefe, e essa ideia do home chefe é espetacular, porque ela transforma, é um chefe dentro da sua casa usando o que você tem, transformando de uma forma totalmente diferente. É a valorização da sua casa, daquilo que você tem em casa, isso é fascinante. E hoje a minha linha de trabalho é quase toda voltada para grandes eventos, eventos mais luxuosos, que Caratinga e a região toda têm eventos que são bem legais. Então posso dizer hoje que 80% do meu trabalho hoje é todo no Buffet, que são com eventos que são assim singulares, que você fica 18 horas em pé, sai de casa 7h da manhã, e chega em casa quase 9h da manhã no outro dia, mas no final quando você vê o evento todo acontecendo, os elogios dos convidados, o pé melhora os ombros param de doer, a coluna se ajeita, é muito gratificante.
Você cozinha para você mesmo? Qual prato mais gosta?
Cozinho. Meu prato preferido é arroz, feijão, angu e taioba, e que não seja feito por mim. Tenho uma tia que mora aqui em Caratinga, ela tem um fogão à lenha na casa dela, que geralmente eu a obrigo fazer o que eu quero, o angu dela e maravilhoso a tia Dôra. Eu falo: tia faz para mim angu que eu tô indo comer, e ela fala assim, mas angu dia de domingo? Eu falo, tia eu quero angu, ela fica brava porque ela quer que eu cozinhe, e eu quero que ela cozinhe. Eu cozinho sim na minha casa, alguma coisa que eu quero fazer de teste, alguma coisa que eu queira aprimorar, ou então tenho algum convidado que eu quero receber, vou e cozinho, mas eu amo comer comida que as pessoas fazem, que sejam simples, mas bem executadas. Arroz, feijão angu e taioba, aí gente não precisa de mais nada, só dois ovos caipiras fritos.
Tem alguma receita que você faz que venha de suas gerações mais antigas?
A minha avó ela fazia um frango frito que leva açúcar, e ele ficava douradão, com a pele bem crocante, e eu nunca consegui fazer igual. Mas em cima dessa ideia dela, eu faço hoje com frango laqueado, que é o frango com o açúcar, faz um caramelo no fundo da panela, coloco o frango temperado eu vou fritando o frango naquele açúcar, sem colocar óleo, sem colocar azeite, sem manteiga. Aquele açúcar frita o frango e deixa o frango douradíssimo, fica uma cor maravilhosa, e eu sirvo esse frango com um pouco de abacaxi, ele vai caramelizado com abacaxi. Toda vez que eu faço esse frango laqueado eu lembro da vovó, da vó Maria, porque ele fica espetacular.
Você já tentou participar de algum programa de televisão como o MasterChef?
Então, uma vez no Instagram, um olheiro do Masterchefe me enviou um texto convidando para participar, me deixou o link. E eu entrei no link de inscrição, mas o meu coração nunca pediu isso, de ir para o Masterchefe. Várias pessoas falam comigo para participar do Masterchefe, mas a minha vida é toda pautada naquilo que Deus quer. Nesse momento Deus me quer aqui, Deus aprouve que eu estivesse aqui nessa entrevista, é uma das maravilhas que Deus faz. Deus aprouve que eu estivesse aqui nessa cidade, vivendo minha vida. Se for daqui a três meses, daqui a um ano, ele vai me capacitar para que eu entre em qualquer outro programa, que não seja Masterchefe, que seja um programa no SBT, na Globo. Mas o Masterchefe em si, é o que todo mundo tem uma visão maior, não sei como funciona os outros, mas ele é um pouco complexo quando você vê como que funciona por trás, quando você entra no site você vê uma lista bem grande de coisas, de exigências que você tem que cumprir. São umas exigências bem duras, você tem que fazer vender sua imagem sem receber nada durante dois a três meses, e o seu custo na cidade tem quer ser feito por você, o programa não custeia sua estadia na cidade, por isso que tem muitos do Masterchefe que se tornam muito amigos e muito próximos, por que alugavam flat vão morar quatro e cinco lá dentro enquanto o programa está sendo gravado. Isso eu já vi também por causa dos stories e das pessoas que participam por que eu sou um fanático stalker, quando vejo alguém assim entro lá e começo a pesquisar, vejo tudo das pessoas dentro daquilo que eu quero conhecer. Então hoje no momento: Jorge você quer entrar no Masterchefe? Não. Jorge você pensa em entrar? Penso, se for da vontade de Deus, se for, eu vou, se não for, eu digo não, e fico onde estou mesmo, prefiro comer arroz com feijão e ter liberdade, do que comer caviar e se preso.
PING PONG
Um prato: Arroz, feijão angu e taioba
Um chefe de cozinha: Alex Atala
Sonha em cozinhar para quem: Ana Maria Braga
O que não pode faltar em uma cozinha: Na minha não pode faltar alho
Viagem: Toscana
Restaurante: O meu
PARCEIROS
O Conectados com Marcy Lopes conta com a parceria das empresas:
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