* Bruna Lívia Lage Ladeira
Algo natural que não é nada fácil, poucas irão admitir. Mas o ato de amamentar é SUBLIME e PRAZEROSO.
Assim com o parto norma, a amamentação apresenta-se cheia de mitos e medos. As experiências familiares e anteriores da mãe, a mídia, a sociedade, as crendices populares levam ao fracasso da amamentação.
Mas como amamentar em um mundo polarizado e informatizado? A facilidade artificial traz não só para os recém-nascidos mas também para a humanidade a busca pelo fácil e prático.
A população come embutidos e pré-prontos, e por que seria diferente com nossos bebês? A amamentação traz vínculo e empoderamento para a mãe que também acaba de nascer. E esse papel incentivador deve ser experenciado e compartilhado pelos profissionais da saúde e também por vocês leitores.
Vocês sabiam que a amamentação evita: sangramento pós-parto da mãe, obesidade e diabetes na criança, diarreias e outras doenças nos bebês?
E que dos diversos benefícios podemos citar: facilidade para ofertar alimento saudável ao bebê, perda rápida de peso da mãe, praticidade, economia para a família e tantos outros?
O QUE FAZER PARA TER SUCESSO NA AMAMENTAÇÃO?
ANTES DA GESTAÇÃO
A preparação pode começar antes da gestação, nas mulheres com mamilos planos ou pseudo invertidos. A orientação é fazer manobras de rotação e estiramentos suaves nos mamilos, além de tomar sol de 10 minutos nas mamas desnudas ou usar um secador de cabelo no modo quente ou lâmpada de abajur à distância de um antebraço para não queimar a pele, pelo menos uma vez ao dia. O objetivo é fortalecer os mamilos e prepará-los para a sucção pelo bebê. Porém não é o tipo de mamilo que estabelece o sucesso, mas é sim a vontade da mãe em amamentar.
DURANTE A GESTAÇÃO
Na gestação, orientamos um sutiã firme e tomar sol de 10 minutos nas mamas desnudas ou usar um secador de cabelo no modo quente ou lâmpada de abajur à distância de um antebraço para não queimar a pele, pelo menos uma vez ao dia.
PÓS PARTO
Após o parto, a mãe deve ser orientada quanto á postura ao amamentar. Colocar a criança em contato próximo às mamas da mãe e fazer com que o bebê sugue toda a auréola e não apenas o mamilo. Oferecer, no primeiro mês, as mamas quando a criança quiser, porém não ficar mais de três horas sem amamentar. Cada criança tem seu ritmo e o Pediatra vai verificar nas consultas se a criança está ganhando peso e desenvolvendo corretamente.
FISSURAS
Em caso de fissuras, a postura ao amamentar deve ser revisada e, com as mamas desnudas, deve-se tomar sol por 10 minutos nas mamas desnudas ou usar um secador de cabelo no modo quente ou lâmpada de abajur à distância de um antebraço para não queimar a pele, pelo menos duas vezes ao dia.
Converse com seu médico da necessidade real de medicação tópica.
ENGURGITAMENTO
Após 5 a 10 dias do nascimento ocorre a descida do leite e as mamas ficam pesadas, vermelhas e “empedradas”. Essa situação acontece por produzirmos mais leite que o necessário. Então, diante desses sintomas a cada mamada, coloque gelo nas mamas desnudas com proteção de uma fralda fina, por 10 minutos, massageie as mamas em círculo, tire um pouco de leite até os mamilos ficarem flexíveis e oferte as mamas ao bebê. Faça isso antes de cada mamada até os sintomas desaparecerem. E caso não resolva procure seu médico.
Ufa, parece fácil amamentar quando passamos na rua e vemos outra mulher amamentando. Mas não desista! Procure ajuda dos familiares e dos profissionais da saúde. Em poucos dias a amamentação acontecerá com sucesso.
Amamentar é doar a seu filho o melhor e mais completo alimento para seu desenvolvimento e crescimento.
* * Bruna Lívia Lage Ladeira, graduada em Fisioterapia pelo Centro Universitário de Caratinga (2003), Pós graduação Lato Sensu pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (2005) em Fisioterapia aplicada a Ginecologia, Obstetrícia com aspectos em Urologia, Pós-graduação Lato Sensu em Aperfeiçoamento de Formação de Facilitadores de Educação Permanente em Saúde pela Fiocruz- RJ(2006) e Mestrado em Ciências da Saúde, aréa Saúde da Criança e do Adolescente, pela Faculdade de Medicina da UFMG (2007-2009). É fisioterapeuta no Centro de Tratamento da Dor -CTD desde 2010. Atualmente é docente do Centro Universitário de Caratinga-UNEC, onde é professora do Curso de fisioterapia, Coordenadora do Internato do Curso de Medicina e Coordenadora Adjunta do Curso Sequencial de Graduação em Treinamento em Prática Médica.
Mais informações sobre o autor(a), acesse: http://lattes.cnpq.br/0245068933760911