O Mistério do Lobo
Tenho proposto o tema da Restauração nesta coluna, e hoje eu gostaria de fazer algumas comparações entre um capítulo recente de história e algumas passagens da Bíblia que mostram ‘coincidências’ notáveis.
É sabido que o cuidado que um pastor de ovelhas precisa ter com o seu rebanho é algo bem próprio do animal, por causa de suas características de ser vulnerável, ingênua, e pouco atenta aos perigos ao seu redor. Os perigos no campo são muitos. Ao pôr do sol, por exemplo, o pastor conduz suas ovelhas para um lugar seguro, o redil, ou aprisco – que nós chamamos de curral. Muitas vezes, enquanto as ovelhas são conduzidas, há um animal seguindo atrás delas. Geralmente é um lobo. Ele está seguindo o rebanho, procurando uma chance de atacar. As Escrituras falam de lobos. Jesus falou deles. Eles simbolizam o mal e particularmente aqueles que procuram destruir o povo de Deus, seu povo. Em última análise, eles simbolizam aquele que busca a destruição de todo o povo de Deus; é o inimigo, o devorador, que é chamado de diabo. O diabo, então, pode ser compreendido como o lobo maior – o predador do rebanho de Deus.
Nas Escrituras, porém, o povo judeu é como um rebanho que vagaria pela terra e seria atacado por seus predadores. O profeta Ezequiel escreve sobre isso no capítulo 34. No final deste trecho lemos: “Eu as resgatarei de todos os lugares para onde elas foram dispersas quando estava nebuloso e escuro… Procurarei a perdida, trarei a desviada, ligarei a quebrada e fortalecerei a fraca. Mas a gorda e forte destruirei – eu as alimentarei com juízos. Levantarei um pastor que esteja a cargo delas. (34.6-23)
Isso tem sido a realidade na história do povo judeu. A pergunta que cabe aqui é, “Quem, de todos os seus inimigos, de todos aqueles que tentaram exterminá-los da face da terra, era o pior?”
Ao examinar um pouco a história dos nazistas e do próprio Hitler, chegamos a revelações surpreendentes.
O que eles fizeram ao povo judeu? Eles os caçaram, dividiram em grupos e os conduziram como ovelhas para o matadouro, as câmaras de gás; foram, certamente, guiados por um espírito mau, pelo espírito do lobo, pelo inimigo.
Veja que coincidências: o nome de alguns quartéis nazistas: Wolfsschanze, que significa “o covil do lobo”; outro, Wolfsschlucht, “a garganta do lobo”; e ainda outro, Werewolf – “lobisomen”, isto é, “uma pessoa que por algum tempo se transforma num lobo”.
O mistério, porém, não acaba aí. Como é que os amigos de Hitler o chamavam? Der Wolf, o Lobo. Mais chocante, porém, foi o nome que ele recebeu desde o nascimento? Adolf, que na língua dele, alemão, quer dizer “lobo nobre”. Assim, o maior inimigo do povo judeu, do rebanho de Deus, chamava-se lobo nobre.
Não sei se, neste curto espaço, estou conseguindo transmitir essa parte da realidade da história e das Escrituras. A profecia de Ezequiel, por exemplo, foi escrita há mais de 2500 anos – e aconteceu, se cumpriu, tornou-se realidade nos últimos 70 anos!
A Bíblia traz outras profecias, muitas das quais já foram cumpridas – o cumprimento em relação ao povo judeu voltar a Israel e se voltarem a ser uma nação entre as nações do mundo só aconteceu também nestes últimos 70 anos.
Não podemos ignorar o que foi dito pelos profetas.
Em relação ao povo judeu – temos de reconhecer mais algo bem importante: se a Bíblia, os profetas, falaram de forma tão real sobre o inimigo do povo judeu, eles também apontaram para o seu pastor, ou, o Messias.
Por dois mil anos eles estiveram sem o seu pastor, e eles foram ameaçados e devorados pelo lobo. Mas sua restauração estava selada também – e ela acontecerá!
Todos nós somos também como ovelhas. Por isso, devemos andar o mais perto possível do pastor e o mais longe possível do lobo.
A RESTAURAÇÃO está acontecendo em muitos níveis! Precisamos acordar! O novo dia está raiando.
Que o mistério do lobo faça cada um de nós reconhecer que o Deus Criador não esqueceu de seu mundo, muito menos a seu povo! Tudo está debaixo do seu controle, e nada do que deve acontecer – segundo o seu plano perfeito – deixará de vir.
Tenha uma semana abençoada! Deus não te esqueceu.
Rev. Rudi Augusto Krüger – Diretor, Faculdade Uriel de Almeida Leitão; Coordenador, Capelanias da Rede de Ensino Doctum – [email protected]