CARATINGA – Um fato inusitado causou bastante revolta à família de Pedro Batista da Silva, 34 anos. Faltavam apenas dez minutos para o seu sepultamento quando o corpo de Pedro foi recolhido de volta do Instituto Médico Legal (IML). O velório acontecia em uma residência no ‘Morro da Antena’ e às 13h20 de ontem o serviço funerário levou o corpo para que projéteis fosse extraídos.
Pedro foi alvejado três vezes no último domingo (19). O crime aconteceu na rua José Trindade Bento, no bairro Santa Cruz. Primeiramente, a vítima foi levada para Unidade de Pronto Atendimento (UPA), posteriormente, foi encaminhada ao Centro de Atenção à Saúde Unec (CASU) – Hospital Irmã Denise, porém não resistiu aos graves ferimentos e veio à óbito.
Camila Batista de Oliveira, 21 anos, irmã do Pedro, disse na manhã de ontem quando foi buscar a certidão de óbito para levar ao cemitério para o sepultamento, foi avisada que a polícia precisava levar o corpo novamente ao IML para retirar os projéteis, pois uma arma teria sido apreendida e seria realizada uma perícia para saber se os disparos haviam saído dela.
O que a família não sabia era que o corpo seria recolhido minutos antes do sepultamento. “Meu irmão faleceu na tarde de ontem (terça-feira) no Casu, por volta das 14h. Foi encaminhado ao IML e chegou para ser velado no Morro da Antena por volta das 22h trazido pela funerária. Queremos saber porque não retiram os projéteis nesse período da autopsia no IML. Foi uma falta de respeito buscar meu irmão quase na hora do sepultamento. Minha mãe já estava passando mal, ela não fala e não anda por conta de problema de saúde. Não sabemos nem o motivo dele ter sido morto, parece que queriam matar outra pessoa e foi engano e agora acontece isso, deveriam ter feito o trabalho na hora que o corpo saiu do Casu para o IML. Meu irmão era querido por todos, apelido dele era ‘Pedrão’, não tinha nada a ver com o tal ‘Sapão’ que estavam procurando. Queremos justiça pela morte do meu irmão e também saber o motivo dessa falta de respeito durante o velório”, disse Camila.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que o procedimento foi adotado em razão do interesse na investigação. Ainda de acordo com a assessoria, a família concordou em retornar com o corpo para o IML para a realização do exame necessário.