Jogadores sergipanos buscam atendimento na UPA de Caratinga, após intoxicação alimentar
DA REDAÇÃO- Uma comitiva do Club Sportivo Sergipe, composta por 11 jogadores e um membro da comissão técnica, voltava de Mogi das Cruzes (SP), onde disputou a Copa São Paulo, mas precisou fazer uma parada estratégica em Caratinga. O motivo: uma intoxicação alimentar, que fez com que a equipe buscasse atendimento no Unidade de Pronto de Atendimento (UPA). Eles deram entrada na unidade por volta de 12h30.
O jogador do Club Sportivo Sergipe, Victor Vargens, de 19 anos, relatou que a seleção sergipana sentiu mal estar, logo após uma refeição noturna realizada em um hotel, na última quinta-feira (10). “A gente jantou no hotel após o jogo e depois pegou estrada. No meio da estrada, começamos a sentir dores fortes no abdômen e pedimos para parar num posto mais próximo para ir ao banheiro. Todos sentiram os sintomas aos poucos e foram imediatamente ao banheiro. Diarreia e dores fortes no abdômen”.
A refeição no hotel é a principal suspeita dos jogadores, diante do horário em que os sintomas começaram e as circunstâncias do incidente. “O prato era arroz, feijão, macarrão, carne, frango. A única coisa de diferente que teve foi um purê e uma lasanha de carne moída. O que mais chega próximo da suspeita é isso, a comida”, disse Victor.
O supervisor do clube e responsável pela delegação, Neuvaldo Barros acrescentou que os sintomas apresentados pelos jogadores ao longo do percurso, dificultavam o prosseguimento da viagem. “Após o término do jogo, nós voltamos até o hotel, onde jantamos. Logo, mais ou menos depois de uns 15 a 20 minutos, nós seguimos viagem para Aracaju, onde moramos. Cerca de uma hora a duas horas depois, alguns atletas começaram a sentir cólica e ânsia de vômito. À medida que ia aparecendo (sintomas), a gente ia parando nos locais para eles fazerem as suas necessidades”.
Durante o trajeto, os atletas receberam atendimento de um técnico em enfermagem da equipe, mas como os sintomas persistiam, decidiram parar na UPA. “Nós passamos numa cidade vizinha aqui e nos indicaram a UPA, para que fosse feito um tratamento melhor. Após eles saberem o que tinha acontecido, imediatamente, foi feita a ficha dos atletas e entraram logo para serem medicados. Dois estavam mais debilitados e foram atendidos imediatamente esses dois. Foram medicados e graças a Deus estão bem melhor. Os outros apresentavam mais dor abdominal e também foram tratados”, afirmou Neuvaldo.
A Vigilância Sanitária e Epidemiológica do município foram acionadas. De acordo com a equipe médica da UPA, a equipe recebeu todos atendimentos necessário, com aplicação de soro, medicação para dor abdominal e vômito e foram orientados da importância da hidratação durante o retorno para Aracaju. Medicados e liberados, eles seguiram viagem. Neuvaldo elogiou o atendimento em Caratinga. “Muito bem recebido. Eu quero agradecer a diretora, a senhora Vânia, onde nos deu toda a assistência, os funcionários que trabalham na UPA. Fizeram questão de nos atender, nos atenderam muito bem e graças a Deus estamos seguindo viagem com todos já medicados. Eu estava até comentando com a minha comissão técnica e informando justamente a limpeza, o atendimento e o pessoal muito educado. Isso só fez melhorar a saúde dos nossos atletas. Fiz questão de agradecer um por um”.
Segundo a diretora geral da UPA, Vânia Franco, a chegada das vítimas de intoxicação surpreendeu a equipe médica, principalmente pelo número de pessoas e o fato de estarem de passagem pela cidade. “Nós não sabíamos o grau da situação e o grau da intoxicação. Eu me deparei com o superior, o diretor deles no pátio e ele já veio pedindo ajuda porque a turma estava toda intoxicada. Então, isso abala tanto os nossos médicos quanto os enfermeiros e a recepção. Nós temos o suporte e a medicação para acolher, mas não sabíamos o grau da intoxicação, que poderia ser mais grave. Graças a Deus foi mais leve”.
Vânia ainda fez questão de ressaltar que a equipe teve de seguir o mesmo protocolo de atendimento válido para os cidadãos de Caratinga. “Eles não foram colocados na frente de outros pacientes. O atendimento seguiu normal. Todos os pacientes foram atendidos dentro do tempo hábil. À medida que foram chegando, eles foram sendo atendidos. Aguardaram na recepção também. Porém, como era horário de almoço, a nossa casa não estava cheia, estávamos apenas com quatro pacientes. E, os mesmos foram atendidos no mesmo tempo junto com eles”.
Um comentário
Danilo
Parabéns a toda equipe, sabemos das dificuldades encontradas no setor, mas também sabemos da capacidade dos profissionais que ali trabalham. E que nesta hora de maior sofrimento das pessoas que ali chegam possam ser atendidas e sanadas suas necessidades de forma rápida e segura. Infelizmente o sistema é falido e nem todas as pessoas que ali chegam, tem suas necessidades atendidas por dependerem de fatores externos, e acabam denegrindo a imagem da Upa e consequentemente a Cidade, o que nem sempre é verdade.