Escolhido pelo DIÁRIO destaque da Polícia Militar 2018, o militar relembra sua trajetória e cita suas realizações
CARATINGA- Servir e proteger. Essa é a missão da Polícia Militar que diariamente está a serviço da comunidade. O trabalho é árduo, desafiador, mas, prazeroso, como garante o sargento Hélio Sanches, escolhido pela equipe do DIÁRIO, como destaque da Polícia Militar 2018.
Sanches tem quase 28 anos de PM e acredita que o cidadão tem papel fundamental na busca por uma sociedade mais segura. Por isso, ele sempre faz questão de manter uma relação harmoniosa e respeitosa com o cidadão. Nesta entrevista, Sanches relembra sua trajetória, cita suas realizações na Polícia Militar e se emociona, ao falar sobre suas conquistas e reconhecimento do trabalho exercido em Caratinga.
Fale sobre sua trajetória na Polícia Militar.
Entrei na Polícia Militar em 1991, no 11° Batalhão, localizado em Manhuaçu. Quando me formei em 1992, fui transferido para a cidade de Caratinga, onde prestei serviço como soldado. Aqui permaneci até o ano de 1993, voltei para Manhuaçu para fazer o curso de cabo. Formei e voltei para Caratinga, prestei serviços aqui de 1993 até 1997, quando fui fazer curso de sargento, novamente em Manhuaçu e fui transferido para Itabira, onde fiquei por dois anos. De lá voltei para o 11° Batalhão, onde permaneci por mais dois anos. Esses quatro anos trabalhei em 10 cidades diferentes e a coisa que eu mais queria era voltar a trabalhar em Caratinga, o que consegui em 2001. Retornei e estou aqui desde então.
Quais são os desafios e prazeres de ser um policial militar?
Ser policial é a minha vida. Entrei na polícia com o sonho de querer servir, ajudar. Muita gente pensa que polícia é só prender, só matar, mas a função da polícia vai muito além disso. A função é servir e proteger, manter o policiamento ostensivo, na manutenção da ordem pública. Nessa minha trajetória, inclusive nos últimos 18 anos que estou dentro de Caratinga, tentei sempre manter um contato direto com a comunidade de bem, solicitando a todos que ajudassem a Polícia Militar; apareci por diversas vezes no jornal, tanto escrito como falado solicitando sempre que a comunidade ajudasse. Prestei serviços também no Conselho Municipal de Defesa Civil, além de apoiar por diversas vezes as associações, já trabalhei junto com o Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) quase uns quatro anos com trabalhos periódicos, com a Associação Comercial fazendo blitz educativa na cidade. E sempre acreditei que a Polícia Militar foi feita para poder tentar fazer com que a sociedade tenha um local bom para se viver, onde se tenha desejo de morar. Sou de Caratinga, sou caratinguense, amo a minha cidade e por isso gostaria que ela fosse um local bom de se morar, na Polícia Militar sempre tentei trazer isso, essa segurança e o envolvimento também da comunidade em si, para o melhor viver.
O senhor é conhecido pelo contato mais próximo com o cidadão. De modo geral, o senhor sente a recíproca desse carinho e respeito por parte da população?
Sinto. Muitas pessoas às vezes pensam assim: “Tem gente que não gosta de polícia”, que acham que a polícia está aí só para castigar ou punir. A polícia realmente está aí para fazer cumprir a lei, que muitas vezes as pessoas não querem cumprir e por isso acham que a polícia está aí para castigar. Mas, a polícia está aí para manter a ordem, muitas vezes no fazer cumprir a lei, as pessoas se sentem melindradas. Mas, nos meus 27 anos de polícia, estou completando 28 anos agora em 2019, sempre fui bem quisto pela sociedade. Sempre vejo isso nas pessoas que me cumprimentam. Mesmo sem farda eu fico andando na rua, as pessoas me cumprimentam, tem hora que estou até com pressa, mas, tenho que dar aquela paradinha para nem que seja dar um bom dia para o cidadão. O cidadão quer ouvir o meu bom dia, sempre senti esse carisma do povo caratinguense, no tratar bem a Polícia Militar e à minha pessoa.
Chegando aos 28 anos de PM e recém formado em Direito, o senhor termina 2018 realizado?
Graças a Deus, tenho essa felicidade de ter formado esse ano no curso de Direito nas Faculdades Doctum de Caratinga. Já passei na OAB (exame da Ordem dos Advogados do Brasil) e pra mim é como se fosse um prêmio, foi conquistado. Tenho só felicidade para falar, é claro que a vida da gente tem as perturbações, os problemas, todo mundo tem problema, mas, eu tenho muito mais vitórias. E agora sendo homenageado pelo Diário de Caratinga, é um acontecimento notório, que me emociona, literalmente (lágrimas).
Para finalizar, qual mensagem o senhor deixa para os caratinguenses?
Quero dizer para todo caratinguense, que amo Caratinga, amo servir como policial dentro de Caratinga e esse final de carreira, ainda vou fazer de tudo junto com meus companheiros de serviço, para que Caratinga seja um local bom para se morar.