Em tudo na vida a renovação se faz necessária. No esporte, e principalmente no futebol não é diferente. Em Caratinga começa a surgir uma nova geração de desportistas e dirigentes que estão oxigenando nosso futebol amador. Esta semana no programa Abrindo o Jogo, recebi dois desses novos talentos da “cartolagem” regional para uma resenha das boas. Kim, do Santo Antônio; e Ronaldinho, do Esplanada. Ambos estão classificados para a fase quartas de final do certame 2018 e fazem belo trabalho em seus clubes.
O Santo Antônio é um clube ainda jovem, oriundo de um bairro que ainda não conta com um campo com dimensões oficiais para mandar seus jogos. Porém, isso não impediu o clube de estar sempre presente nos últimos campeonatos e chegando as fases finais. Com humildade e pé no cão, Kim faz questão de dividir os méritos com toda sua comissão técnica e diretoria que realizam um trabalho de garimpar talentos jovens e sem custo para montar seus elencos. Tendo pela frente o bom time do Promessas de Santa Bárbara, o dirigente do Santo Antônio rechaça um possível favoritismo.
Ronaldinho faz parte de uma família ligada ao Verdão da Grota a várias gerações. Seu pai Ronaldão já ocupou diversos cargos dentro do clube, seu tio Ismael certamente está na história do clube como um dos melhores goleiros que já vestiram a camisa alviverde. Portanto, a paixão pelo Esplanada vem de berço. Porém, a responsabilidade de fazer parte de uma diretoria de um clube tão vitorioso mesmo sendo ainda tão jovem, não assusta o rapaz que também faz questão de dividir o sucesso com toda a diretoria e principalmente a apaixonada torcida da “Grota”. O duelo contra o América de Santa Efigênia é encarado sem “já ganhou” e com muita seriedade por todos garante Ronaldo.
Mineiros: Só Raposa na boa
Dos três grandes mineiros apenas o Cruzeiro pode se dar ao luxo de dizer que a temporada já “foi” positiva. América e Atlético ainda terão algumas batalhas pela frente. O Coelho precisa somar pontos suficientes que lhe garanta a permanência na série A. O confronto contra a Chapecoense pode ser encarado como uma “final” de algumas que terá até a última rodada.
O Atlético passa por uma crise mesmo com a chegada de Levir Culpi. Não pela derrota contra o Fluminense na estreia do treinador. Mas, sim por toda a expectativa criada para a temporada, e a frustração causada pela campanha irregular na temporada. Será um ano sem títulos e apenas com uma possível vaga para a Libertadores como consolo. A bola da vez agora é Alexandre Gallo diretor de futebol. Porém, não acredito que a simples demissão dele irá resolver todos os problemas. Uma vitória lógica sobre o virtual rebaixado Paraná pode ajudar a amenizar a próxima semana.
Diego vacilou no Mengão
A boa fase do Flamengo contrasta com o ambiente ruim do goleiro Diego Alves no clube depois de se negar a viajar para ficar na reserva de César. Tecnicamente na minha humilde opinião não se discute que Diego é melhor goleiro que César. Apesar de ter falhado em jogos recentes no gol rubro negro. Não tiro dele também o direito da insatisfação com a reserva. Porém, se negar a viajar demonstrou total falta de respeito aos colegas, ao técnico e principalmente ao clube.
Rogério Silva